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Reunião discutiu alternativas para o camelódromo de Piratini

Comerciantes de camelódromo que estão há mais de 20 anos no respectivo local sofrem com a possibilidade de retirada

Camelódromo abriga diversas lojas e está localizado em área histórica

Camelódromo abriga diversas lojas e está localizado em área histórica Foto: Maurício Goulart/Especial TP

A ação movida pelo Ministério Público, que solicita a retirada dos camelôs, pontos de táxi e trailers de pontos históricos da cidade continua sendo discutida por lideranças que buscam encontrar alternativas para que os comerciantes não sejam prejudicados. No entanto, ainda sem nenhuma solução definida, o assunto se torna palco de discussões entre Prefeitura Municipal e uma comissão.

A iminente retirada depende exclusivamente da Prefeitura Municipal, que ao que tudo indica, não dispõe de outro espaço para realocar, principalmente, os comerciantes dos camelôs, situados próximo à escola Estadual Ponche Verde, centro da cidade.

O assunto, inclusive, já foi discutido por uma comitiva formada pelo Prefeito, Secretário de Cultura e vereadores do município com o Governo do Estado, junto ao secretário Estadual de Cultura, Vitor Hugo, sendo também debatido em audiência pública na Câmara de Vereadores de Piratini, onde representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Rio Grande do Sul (IPHAE), estiveram presentes.

Atualmente, há 4.500 imóveis tombados pelo Estado e de acordo com a diretora do IPHAE, a arquiteta Renata Galbinski, essa é uma pretensão totalmente irreal. “A gente não tem capacidade técnica de dar conta”, salienta.

De acordo com o secretário de Cultura, Turismo, Desporto e Lazer, Fladimir Gonsalves, a Prefeitura, juntamente com a comissão formada, está buscando alternativas para que os comerciantes não sejam prejudicados já que alguns trabalham há mais de 20 anos no local e por isso, poderá comprometer a principal fonte de renda. “O prefeito está sendo muito democrático e solidário e por isso, acredita que socializando o tema juntamente com a comunidade conseguirá buscar a criação de oportunidades que visem contribuir para o comercio que é tão importante”, pondera o secretário.
Entretanto, essa não é somente uma decisão do Executivo em conjunto com entidades da área, mas também do Ministério Público e Judiciário que deverão dar o parecer, relata Fladimir. “Estamos batalhando e tentando achar o melhor caminho em prol de nossa comunidade”, garante.

PROJETO – A possibilidade de criação de uma estrutura adequada no local ainda é discutida, no entanto, o investimento necessário ainda é uma dúvida já que a Prefeitura Municipal ainda não manifestou sobre a execução da mesma. “É uma alternativa que pode acontecer, mas precisamos pensar e discutir sobre sua realização”, ressalta o secretário.

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