Espaço esteve lotado durante cerca de duas horas de conversa e muita
história boa sobre a construção e identidade da cidade Foto: Márcio Vieira/Especial TP
Uma noite para se contar histórias e deixar viva a importância do carvão mineral para a economia de Candiota, da região e do Rio Grande do Sul. Foi assim que se desenvolveu o projeto que faz parte de uma pesquisa de pós-graduação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceria com a Universidade Federal do Pampa (Unipampa), na última sexta-feira (25).
O 1º Roda de Memória foi promovido e mediado pela licenciada em História Rosilene Silva e apoiado pela Secretaria de Cultura local, tendo como tema a Usina Candiota 1. O local não poderia ser mais apropriado, pois foi no Centro Cultural de Candiota – lugar onde funcionou a Usina inaugurada em dezembro de 1961 pelo presidente João Goulart (Jango) pelo governador Leonel Brizola.
O advogado candiotense e escritor do livro Candiota – Terra de riquezas, lutas e conquistas, Tailor Lima, assinalou, durante o evento, a importância econômica e a grandeza da Usina para a época. “Para se ter uma ideia, Candiota 1 com seus 20 megawatts de potência instalada, representou 22% da geração de toda a energia no RS”, destacou.
Ainda participaram do resgate, os eletricitários aposentados Severino Rudes Moreira, Wilmar dos Santos e Toríbio Castro. “Era um tempo muito difícil, mas conseguimos vencer”, recordou Toríbio, que trabalhou já na usina em operação.
Conforme a idealizadora do evento, a ideia surgiu porque ela morou durante 20 anos em Candiota e é filha de um eletricitário, sendo que em janeiro deste ano conheceu o Centro Cultural e se encantou. Rosilene avaliou positivamente a atividade e disse que pretende fazer outros semelhantes, resgatando a CRM Mina de Candiota, os clubes de futebol, entre outros. “Fiquei muito feliz com o resultado”, considera.
Além de pessoas da comunidade, o 1º Roda de Memória teve ainda a presença de alunos da escola Neli Betemps, professores de História e do prefeito Adriano dos Santos.
O fotógrafo e artista plástico candiotense João Henrique Dill Duarte fez uma exposição de fotos retratando à época a Usina Candiota 1.
