CONFUSÃO

Secretário da Fazenda de Pinheiro Machado faz publicação sobre fiscalização e gera polêmica em rede social

O caso se deu em torno de uma multa para o caminhão que comercializa ovos e batatas

Você ainda possui 2 notícias no acesso gratuito. Efetue login ou assine para acesso completo.

A publicação contou com mais de 400 comentários Foto: Divulgação TP

Se final de semana natu­ralmente não é dia de expediente para a Pre­feitura de Pinheiro Macha­do, este sábado (20) acabou mudando a rotina e dando, literalmente, bastante tra­balho – em especial para o secretário da Fazenda, Geovane Teixeira.

Uma publicação em uma rede social, onde o titular da pasta expôs um ca­minhão multado por falta de alvará para comercialização na cidade, deu muito que falar. Geovane foi bastante criticado tanto pela postura em exibir a placa do veículo e acabou dando brecha para que a maioria da população tecesse críticas ao serviço de fiscalização de responsabili­dade da própria Prefeitura.

Em conversa exclu­siva com a reportagem do Tribuna do Pampa, ele re­conheceu o erro e lembrou que seu perfil pessoal não deveria ter sido usado para expor assuntos de trabalho. “Acho que me precipitei na publicação, até porque eu nem uso redes sociais para me manifestar. Devo sim me manifestar referente a essa matéria, mas depois não usarei para esse fim, até porque nunca fiz isso para me promover. É minha pági­na particular do Facebook e vou continuar usando como sempre fiz. Quem me conhe­ce sabe quem eu sou, tenho 23 anos de vida publica e, além do mais, hoje eu não sou secretário, eu estou se­cretário”, alegou Geovane.

Questionado sobre o trabalho de fiscalização, ele disse que a tendência é que sejam intensificados em breve. O concurso público anunciado na última semana pela Prefeitura de Pinheiro Machado abriu vagas que resultarão em mais pessoal na Secretaria da Fazenda, pasta responsável por essa atividade. Além disso, o TP identificou que grande parte das críticas dos inter­nautas fazia referência às condições dos alimentos co­mercializados nos próprios mercados do município. “É preciso que as pessoas entendam que aos fiscais da Secretaria da Fazenda cabe fiscalizar os alvarás que au­torizam a comercialização. Verificar as condições dos alimentos é responsabilida­de da fiscalização sanitária”, explicou Geovane.

Ainda sobre a ação, o secretário disse que, apesar de toda a polêmica, surtiu o efeito necessário para que a comercialização de ovos e batatas continue, mas ago­ra respeitando as normas vigentes – assim como já fazem os comerciantes lo­cais. “Nesta segunda-feira (22) alguém da empresa fez contato por telefone com a Secretaria da Fazenda para ver o procedimento para retirada desse alvará. Infe­lizmente tivemos que che­gar ao ponto de multá-los para que eles procurassem regularizar a situação da qual eles já tinham conhe­cimento”, disse.

Além disso, para o TP, o secretário fez questão de expor o valor cobrado e que, de modo algum, a Prefeitura age com o in­tuito de coibir o comércio. Segundo ele, o trabalho de fiscalização busca seguir a lei, que trata de modo justo e igualitário todo o tipo de atividade comercial no mu­nicípio de Pinheiro Macha­do. “O referido caminhão pertence a uma empresa e não a um produtor que depende daqueles produtos para sobreviver. Além disso, há algum tempo eles pro­curaram a Prefeitura e pro­meteram que iam tirar um alvará que custa R$99,55 ao ano. Será que a empresa não tem condições de pagar? É só ter o alvará que eles podem vender seus produ­tos, assim como faz outro caminhão que vem vender e paga rigorosamente essa taxa. Ninguém está proi­bindo eles de comercializar seus produtos”, informou Geovane.

Para ouvir o po­sicionamento do comér­cio local, o jornal ainda entrou em contato com o presidente da Associa­ção Comercial, Industrial, Agropecuária e Serviços (Acias), Jesus Benê Go­mes, que disse ser este o posicionamento esperado pela categoria. “É isso que nós queremos, que todos cumpram a lei para poder comercializar seus produ­tos – independente se seja um grande ou um pequeno empresário, porque todos nós pagamos os nossos impostos para poder traba­lhar. A lei é igual para to­dos e esperamos que cada vez mais a fiscalização por parte da Prefeitura seja intensificada”, afirmou.

Comentários do Facebook