Sindicato da Alimentação solicita manutenção dos caixas eletrônicos em Hulha Negra

Durante teleconferência realizada nesta quarta-feira (25) para tratar sobre as condições de trabalho no Marfrig e no Pampeano Alimentos, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região, Luiz Carlos Cabral, aproveitou para solicitar manutenção nos caixas eletrônicos de uma agência bancária em Hulha Negra.

Sobre a demanda, Cabral relatou que os dois caixas automáticos do Banco do Brasil no município não estão funcionando novamente. “Para os trabalhadores isto já não é novidade, sendo que estes são obrigados a se deslocar a Bagé, seja por veículo próprio, seja por carona ou por ônibus para poder acessar seu dinheiro”, ressalta o presidente. “A situação já é complicada, mas agora nesse período de receio dos trabalhadores com o coronavírus, se torna ainda pior”, complementa Cabral”. A audiência online foi conduzida pela juíza do trabalho Marcele Antoniazzi e também contou com a participação de representantes do Marfrig e do Ministério Público do Trabalho.

O Marfrig se comprometeu a solucionar mais este problema com o Banco do Brasil e providenciar junto à instituição financeira o conserto dos caixas eletrônicos. Cabral disse que os trabalhadores têm ficado na mão há pelo menos quatro, cinco anos, já que o Banco do Brasil não tem dado uma assistência efetiva a estes caixas em Hulha Negra. Além disso, lembrou que a empresa tem opção de outros bancos na cidade, como o Banrrisul e Sicredi – que inclusive têm agências em Hulha Negra. Um dos representantes do Marfrig, que participou direto de São Paulo, Heraldo Geres, disse que, se necessário, a empresa irá acionar a direção do banco em Brasília para resolver a situação o mais rápido possível.

CORONAVÍRUS – O sindicato havia ajuizado ação solicitando providências quanto à saúde e segurança dos trabalhadores dos dois frigoríficos. A solicitação da audiência partiu do sindicato, por intermédio de um processo judicial, que foi recebido em plantão judiciário.

Segundo a assessoria de imprensa, a preocupação acontece desde o início da chegada do Covid-19 (coronavírus) ao Rio Grande do Sul. Dezenas de trabalhadores manifestaram sua preocupação em contato com a entidade sindical ou pelas redes sociais. “Tomamos todas as providências que estavam ao nosso alcance. Só precisamos esclarecer aos trabalhadores que não temos o poder de fazer a empresa parar com as atividades nos frigoríficos por amparo de lei federal, por mais que muitos não consigam entender isso”, desabafa Cabral.

Atualmente a empresa conta com 1.230 trabalhadores no Pampeano e cerca de 600 em Bagé. O Marfrig informou na teleconferência que afastou 58 trabalhadores em Bagé e 134 no Pampeano que estavam em grupos de risco ou apresentando sintomas de gripe.

O Marfrig alegou que as equipes de trabalho da empresa realizaram diversos procedimentos de segurança. Entretanto, a juíza solicitou que o Marfrig e Pampeano realizem outras providências – como a demarcação dos espaços para marcação do ponto e da espera para o transporte, o estudo sobre a retirada das catracas na entrada da planta frigorífica e que a empresa tome providencias para o distanciamento dos trabalhadores nos setores de trabalho.

Segundo a assessoria de comunicação, as empresas tinham até as 20h desta quinta-feira (26) para informar à juíza que providencias foram tomadas neste sentido. Durante a reunião, outra preocupação do Sindicato que ficou esclarecida é que o Marfrig se comprometeu a pagar o salário dos trabalhadores que estão sendo afastados da empresa por problemas de saúde.

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