ESPECIAL DIA DO TRABALHADOR

Toda profissão é essencial

A foto, protagonizada gentilmente pelas trabalhadoras na saúde de Candiota, Bianca Bom e Gabriela Camillo, demonstra a importância do trabalho, especialmente neste momento para salvar vidas. Foto: J. André TP

No Dia do Trabalhador, comemorado nesta sexta­-feira, dia 1º de maio, o jornal Tribuna do Pampa escolheu algumas profissões para homenagear todos os tra­balhadores da região e país. Em tempos de pandemia pelo novo coronavírus (Covid-19), centenas de profissionais precisaram se reinventar e superar seus medos e angústias para prestar o serviço à população, assim como levar a informação – no caso do próprio TP. Buscando valorizar a mulher, que apesar de já integrar um elo de profissionais ainda sofre com preconceitos, nosso Especial Dia do Trabalhador é com cinco mulheres.

 Profissional de saúde:
o guerreiro da linha de frente

Maiara Braga diz que o período é de aprendizado técnico e pessoal Foto: Divulgação TP

Um profissional que ga­nhou um destaque ainda maior nesse período foi o da saúde por atuar na linha de frente, em centros clínicos, unidades de saúde e hos­pitais, sendo em muitos momentos um alento para pacientes e familia­res. Em razão disso, nosso especial tem início com uma enfermeira, como representação para os demais trabalhadores da saúde.

Responsável pela urgência e emergência de Candiota e inte­grante do Conselho Municipal de Saúde, a enfermeira Maiara Gon­çalves Braga completa em 2020, 8 anos de formação e profissão. Ela é graduada em Enfermagem pela Urcamp de Bagé e Enfermagem do Trabalho pela UCPel. Atualmente cursa MBA em Auditoria e Gestão em Saúde pela Urcamp e Urgência, emergência e UTI pela Uninter.

A profissional já atuou no Hospital Bartolomeu Tacchini, de Bento Gonçalves e no Hospital de Pedras Altas. Em Candiota, durante a faculdade, Maiara estagiou no posto de saúde da Vila Operária e no Pronto Atendimento. Já for­mada, no município ela atuou na Secretaria de Saúde como coor­denadora do Transporte Fora do Domicílio (TFD) e atualmente, é responsável técnica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Pronto Atendimento de Candiota.

Ao TP, Maiara conta ter escolhido a Enfermagem para po­der cuidar do próximo. “Eu vejo minha profissão como dom. Não tive influência familiar quanto a isso. Minha família não é da área da saúde, mas quando escolhi ser da área tive total apoio. Acredito que vim com essa missão de ajudar e cuidar do próximo. Me sinto muito agradecida podendo fazer o bem a todos”, manifesta.

Questionada a falar sobre os desafios da profissão no perí­odo da pandemia da Covid-19, a enfermeira diz que o momento está sendo de muito aprendizado, tanto na área técnica quanto na pessoal. “Aqui estamos mais tranquilos, pois foram fornecidos todos os Epis necessários pra gente poder trabalhar. Com isso trabalhamos com mais segurança. Fiz alguns cursos online sobre a Covid-19 para melhor poder atender e repas­sar aos colaboradores pelos quais sou responsável, assim como para nossa instituição estar bem prepa­rada diante a situação do momento. Estamos na Luta. É um momento difícil para nós profissionais da saúde (emocionalmente e fisica­mente), mas acredito que estamos cumprindo com nossa missão de ajudar e cuidar do próximo e de quem necessita dos nossos cuida­dos”, afirma.

 

Trabalhadores da UTE Pampa Sul
se adaptam em tempos de pandemia

A assistente de Recursos Humanos da Pampa Sul, Sandra Pinheiro, conseguiu se adaptar, mas sendo falta do convívio com os colegas Foto: Divulgação TP

Dentro da ideia de homenagear os trabalhadores neste dia 1º de maio, contamos um pouco a história da assistente de Recursos Humanos da UTE Pampa Sul, Sandra Maria Pereira Pinheiro Bacharel em Direto formada em 2003 e há 39 anos atuando na então Tractebel, hoje Engie Energia, Sandra iniciou sua trajetória profissional na Usina Termelétrica de Alegrete (UTAL), sendo posteriormente transferida para a Usina Termelétrica de Charqueadas (UTCH). Com a desmobilização da Usina de Charqueadas, ela passou no processo seletivo para fazer parte do quadro de colaboradores da UTE Pampa Sul, exercendo as mesmas atividades, na área de Recursos Humanos.

Sandra conta que após o retorno de suas férias, no final de março, foi surpreendida, assim como o mundo, com a pandemia da Covid-19 e com as medidas adotadas pela empresa para a prevenção do contágio do novo vírus, passando a desenvolver suas atividades em home office, pois faz parte do grupo de colaboradores considerados de risco. “Diante desse contexto, tive que me adequar ao trabalho em casa, situação, até então, totalmente nova. O home office está sendo um desafio, pois não é fácil conciliar o trabalho e os afazeres domésticos, assim como manter o contato com os colegas, exclusivamente,por meio virtual. Confesso que sinto falta do contato humano, do breve bate-papo com os colegas, do olho no olho, afinal, nada supera as relações humanas”. enfatiza.

Segundo ela, ao mesmo tempo que o trabalho exige, ele também serve de estímulo para que o tempo passe mais rápido, que a mente permaneça ocupada e que prevaleça o sentimento de ser útil, tanto aos colegas, como à empresa. Outro desafio é lidar coma retomada do raciocínio após as inúmeras interrupções no trabalho diário (WhatsApp dos colegas, reuniões online com os colegas sede da empresa em Florianópolis, enviar e receber e-mail, etc).

“Agora, há mais de 30 dias de home office já estou mais adaptada e menos ansiosa em relação à rotina e ao Covid-19, torcendo para que tudo volte à normalidade o mais breve possível. Acredito que sairei mais forte, após essa experiência. Vamos ficar em casa para nos cuidar e cuidarmos de quem amamos. Faça a sua parte!”, pediu.

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