Tudo é verdade, tudo é mentira

Que o Brasil vive um momento político e social delicado, todos sabemos ou percebemos, mesmo não querendo.
Lula está preso, a direita festeja, mas muitos políticos que representam a direita estão muito sujos, loucos para se safarem. A prisão em segunda instância deve cair, mas os que manobram para Lula ficar preso até as eleições tentam deixar para depois a alteração da legislação.
Prender um sujeito, quem quer que seja, para poder ganhar uma eleição, sem que o sujeito participe, é de uma mediocridade inaceitável. É coisa de quem, sabendo ser um imprestável, espera ser o preferido entre os medíocres.
Lula é corrupto, afirmam os tribunais, em primeira e segunda instâncias. Qual é o problema de ganhar de alguém que é corrupto?
A princípio, é preciso não ser corrupto. Basta o candidato convencer o povo de que não é corrupto. Se tiver algumas ideias na cabeça, ganha do Lula. De barbada.
Existem problemas. O povo não acredita na honestidade dos candidatos. Nem nas boas intenções. O povo sabe que Lula está preso porque politicamente interessa a quem está mandando mais neste momento. O patrimônio conhecido de Lula, mais o atribuído (dizem que é dele), é uma merreca (para quem ocupou os cargos que Lula ocupou).
Quando Lula falou que não havia no Brasil quem fosse mais honesto que ele, estava falando das pessoas que ele conhece nos grandes círculos de poder.
O jornal americano The New York Times, um dos mais influentes do planeta, publicou artigo (opinião) recentemente, no qual o autor tratava da pouca legitimidade das eleições no Brasil sem a participação de Lula. Abordava também a fragilidade da democracia brasileira que surgirá de um pleito onde o maior líder popular do Brasil foi proibido de concorrer. Dizia que esta fragilidade democrática virá a ser um problema para o Brasil, para a região e para o mundo.
Juremir Machado da Silva, o mais polêmico jornalista e escritor gaúcho da atualidade, que escreve no Correio do Povo diariamente abordnado a determinação da imediata prisão de Lula, logo após a decisão do Supremo, que permitia a prisão do mesmo, escreveu que não tinha dúvidas de que o TRF da 4ª. Região e Sérgio Moro agiriam imediatamente. Segundo ele, “ninguém deixa para levantar o troféu uma semana depois da vitória”.
Quem sabe um dia a gente entenda quem está mais perto da verdade.

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