Um estímulo à cadeia produtiva das oliveiras

* JOSÉ IVO SARTORI

O Rio Grande do Sul apresenta potencial inquestionável para ser o maior fornecedor de azeites e conservas para o mercado nacional. Tem boas condições de clima, solo fértil e um povo que faz do trabalho a certeza da colheita. O setor tem crescido. Os investimentos privados passam de R$ 80 milhões – tanto na implantação de olivais como na instalação de oito fábricas de azeites no Estado. São 2 mil hectares plantados, em 55 municípios. Mais de mil empregos na metade sul.

Cientes da expansão, em 2015, criamos o Programa Estadual de Desenvolvimento da Olivicultura, o Pró-Oliva. E o objetivo, desde então, é claro: incentivar a ampliação da produção e da venda do azeite gaúcho. Dados do Ministério da Agricultura apontam que a movimentação financeira de produtos importados, derivados da olivicultura, é de R$ 1,5 bilhão ao ano. Portanto, tal política de Estado é justificada. Trata-se do início de um processo de transformação.

Diante do esgotamento da economia, reinventar-se é necessário. O governo deve ser parceiro da cadeia produtiva, como facilitador, e não agente de burocracia. Não seremos impeditivos. Ao contrário, estamos abertos. Por essa razão, reduzimos o imposto equiparando-o aos demais tipos de azeites. Na prática, tornaremos nosso mercado mais competitivo. É o Estado onde ele precisa estar: na criação de políticas que permitam crescimento.

Agora, o produtor pagará 7% de ICMS sobre o seu produto nas vendas internas. Com o avanço, vamos assegurar a competitividade para a indústria e diminuir as importações. No passado, a importação era substituída em tempos de guerra. Hoje, como não há conflito desta natureza, a não ser a guerra fiscal, urge a necessidade de ganharmos novos mercados para vencermos a crise. Esse é um passo novo para uma caminhada nova. O Rio Grande precisa da nossa união e do nosso trabalho.

 

* GOVERNADOR DO RIO GRANDE DO SUL

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