A vereadora de Candiota Déia Rangel (MDB) usou a tribuna da Câmara de Candiota por duas sessões seguidas, para fazer cobranças na área de saúde local. Ela disse primeiramente, que foi procurada por pacientes, que relataram a falta de dois medicamentos nas Unidades Básicas de Saúdes (UBS) do município. Segundo ela, está faltando os remédios Atenolol (para tratamento cardíaco) e Hidroclorotiazida (para tratamento de hipertensão).
Conforme a parlamentar, não há relatos de que esses medicamentos estejam faltando no mercado, pois há nas farmácias comerciais do município. “Eles são da farmácia básica, portanto, de responsabilidade do município. Queremos saber o que está acontecendo, se há problemas de pagamentos a fornecedores ou outra questão”, cobrou.
Também, na última segunda-feira (14), Déia cobrou explicações sobre a ausência de atendimento médico na UBS da sede do município.
CONTRAPONTO – O jornal procurou a Prefeitura de Candiota para esclarecimentos. Segundo informado, a Secretaria de Saúde investiu mais de R$80 mil em medicamentos para abastecer a Farmácia Básica do município, o que é suficiente para manter estoque para dois a três meses. Segundo a farmacêutica e bioquímica Catarine Oliveira, o município tem uma padronização de medicamentos diferenciados. “Temos antibióticos que são difíceis de encontrar, como a Amoxicilina+ clavulanato, que é um passo à frente de infecções mais graves e que tem um custo elevado, e na maioria das vezes a população não tem como arcar”, destaca, ressaltando que muitas vezes os laboratórios e distribuidoras não têm medicamentos suficiente, e acaba ocasionando as faltas.
O secretário de Saúde, Juliano Corrêa, afirma que a equipe faz o possível, principalmente na qualidade do atendimento ao público, pois, segundo ele, é de suma importância que a população possa consultar e obter os remédios necessários. “O prefeito tem se sensibilizado e sabe o quanto é importante dispor esses medicamentos na farmácia. Ele é o principal propulsor da compra para que tenhamos essa medicação”, ressalta.
Conforme a Saúde, o lote deve chegar entre essa semana e a semana que vem, pois o prazo dado é de sete dias.
Em relação ao atendimento médico, a Secretaria explicou que profissional do programa Mais Médicos está em período de férias, mas que o atendimento segue normalmente, sendo que três médicos ajustaram seus horários para que a população não fique desassistida.