OPINIÃO DO TP

31 anos de Candiota e Hulha Negra

As duas cidades chegaram aos seus 31 anos de emancipação política e administrativa neste dia 24 de março de 2023 com um sentimento  completo de muitos avanços.

O jornal Tribuna do Pampa não se cansa de repetir aqui neste espaço e mesmo antes, no tempo do saudoso A 1ª FOLHA – nosso antecessor e que surgiu junto com a emancipação de ambas as cidades -, de que a independência de Bagé foi a melhor notícia que essas comunidades tiveram nessas mais de três décadas.

Não haveria o progresso e as modificações que se apresentaram em todos esses anos e que não foram poucas. As duas localidades viviam as espensas de suas sortes. Candiota ainda tinha o amparo de estatais como Companhia Riograndense e Mineração (CRM) e Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). Já Hulha Negra mendigava soluções para Bagé, que mal conseguia olhar para a cidade, quanto mais para distritos distantes como eram as duas emancipandas.

Assim, que as emancipações trouxeram avanços significativos em todas as áreas, especialmente na saúde, educação e infraestrutura. Ou alguém acredita que Candiota e Hulha Negra estariam com a evolução que estão ainda pertencessem ao município-mãe Bagé?

Na época, as forças políticas bageenses fizeram esforços para que ambas não conquistassem a liberdade, sendo que um pouco mais tarde também Aceguá conquistou. Hoje, todos reconhecem o acerto e felicidade da ação.

Mas como tudo nesta vida, não são só avanços e conquistas.Ainda há desafios gigantescos a serem superados. Em pleno século 21, muitas famílias, especialmente as rurais, não possuem acesso digno a água potável. O convívio com a seca cíclica ainda é um drama a ser enfrentado com força.

Além dos mais, o carvão mineral que empresta nome a Hulha Negra e dá título de Capital Nacional a Candiota, vive seguramente seu pior momento histórico.

De mola propulsora do desenvolvimento mundial durante quase dois séculos, o carvão se tornou o mais cruel vilão ambiental. Pagamos um preço que não é nosso, pois somos exemplo em preservação e bom uso deste minério que é transformado por aqui em riqueza. Precisamos avançar em melhores usos deste mineral e assim vamos fazer, para seguirmos firmes nesta trajetória de progresso e novos avanços.

 

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