Essa é uma das cartinhas recebidas por Carmen
Quando chega a época de Natal, as crianças logo começam a se animar para escrever suas cartinhas para o Papai Noel. Bola, boneca, carrinho, são inúmeros os desejos dos pequenos. No entanto, nem todas as famílias possuem condições financeiras de presentear seus filhos e pensando nisso, a moradora de Hulha Negra, Carmen Vera Gonçalves, criou o projeto “Cartinha do Bem”, que já está na terceira edição.
Segundo Carmen, ela já contabiliza mais de 100 cartinhas e restam poucas para serem adotadas, até o dia 18 de dezembro os padrinhos podem levar os presentes. “Divulgo nas redes sociais para conseguir os padrinhos e as pessoas escolhem uma cartinha, as crianças pedem de tudo, sempre combino para que elas peçam coisas simples, que as pessoas consigam dar, porque são pessoas da comunidade que participam”, falou.
Quanto a dinâmica para a escolha da cartinha, Carmen explica que os interessados podem solicitar via Facebook, pelo seu WhatsApp (53 999472189) ou ir até a sua casa. “Eu mando as cartinhas e eles escolhem, depois compram o presente e me entregam e eu entrego para as crianças, tiro uma foto e mando para eles verem a criança apadrinhada e que ela realmente ganhou o que eles deram”, explicou.
Neste ano a entrega dos presentes para as crianças acontece dia 22 de dezembro em sua casa, a partir das 17h. “Vou colocar uma cama elástica e organizar uma estrutura para recebê-los com algodão doce, pirulito, sempre contando com a ajuda de quem quiser doar, tenho bastante gente de fora que me ajuda, além da comunidade local e duas lojas que também me ajudam muito. A gente faz doação também de cestas básicas, refrigerantes, bolo, para aquelas famílias mais necessitadas”, relatou. Além disso, ela disse que também está aceitando doações de balas, pirulitos, bombom, bolachinha recheada e suco.
No ano passado, Carmem relatou que foi feita a entrega de uma cesta básica para uma família carente e que o episódio foi emocionante. “Entregamos para a família no dia 23, para uma mãe solteira que quando viu chorou, ela achou que seria somente o presente do filho, pois ela nos relatou que não teria nada pra oferecer para eles no Natal, então é isso que nos motiva a seguir fazendo nossas ações”, falou.
Carmem contou que também recolhe brinquedos usados. “Às vezes a gente tem em casa uma bicicleta que o filho não usa mais e alguma criança pede uma bicicleta, a gente sabe que é difícil comprar, mas se a pessoa já tem e está em desuso, a gente consegue atender esse pedido, mas como eu já disse, sempre pedimos que ele dê uma segunda opção de algo mais simples”, falou.
Por fim, Carmem deixou uma mensagem: “este é um projeto bem bacana e que Deus tem nos abençoado muito, com muitas pessoas nos ajudando, nenhuma criança pediu pra vir ao mundo, então eu sempre digo, faça o bem sem olhar a quem”, finalizou.
* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso
