
Site foi o primeiro da região a fazer cobertura em tempo real Foto: Reprodução TP
Um jornal de Candiota, mais uma vez na história da comunicação regional, demonstra pioneirismo e vanguarda em inovação. O saudoso A 1ª FOLHA, fundado em 1992 e extinto em 2011, foi o primeiro jornal impresso da região a utilizar computação gráfica para sua montagem.
Em 2016, o jornal Tribuna do Pampa, que sucedeu A 1ª FOLHA, novamente fez história e foi o primeiro meio de comunicação regional a fazer cobertura jornalística em tempo real. Naquele ano, em 27 de julho, foi lançada a página na internet do periódico fundado em abril de 2011.
Nesta semana, foi comemorado, de forma virtual por óbvio, os 4 anos de lançamento do site tribunadopampa.com.br. No período, segundo levantamento realizado, já aconteceram cerca de 8 milhões de acessos, numa média anual de 2 milhões de cliques.
Segundo explica o diretor e editor do TP, João André Koppe Lehr, existe uma clara evolução e cada vez mais a procura dos leitores pelas plataformas digitais. “Os números aumentam mês a mês”, assinala.
Para o jornalista, a comunicação vive um momento de transição, que se confunde com crise. “Para o Tribuna do Pampa, ainda o impresso é o carro-chefe, porém há uma clara mudança de comportamento dos consumidores de informação. A pandemia vem acelerando essa transição, que ainda não sabemos exatamente em quanto tempo e de que forma exata se dará. Nós, aqui do TP, estamos nos preparando para esses novos tempos e nos transformamos juntos. Contudo, há uma coisa que jamais mudará, que é nosso compromisso com o desenvolvimento regional e nossa credibilidade junto às comunidades, além de independência e responsabilidade jornalística”, afirma.
O diretor e editor ainda chama a atenção para a importância de um veículo de comunicação com as características do TP. Ele lembra uma pesquisa feita pelo Atlas da Notícia, que verificou que mais de 62% das cidades brasileiras não possuem imprensa, que são os chamados desertos de informação. “Às vezes, até politicamente, não há um entendimento correto e profundo da nossa existência, mas isso temos certeza que a história vai saber julgar. Nós sabemos, minimamente, nosso papel e importância para o desenvolvimento regional”, provoca João André.

Para João André, o momento é de transição, que se confunde com crise Foto: Silvana Antunes TP
IMPRESSO E DIGITAL – O Tribuna do Pampa, desde sempre, conviveu harmonicamente entre as edições impressas do jornal e a cobertura digital desde que ela foi implementada em 2016. Claramente, como explica o editor, elas se complementam. “Buscamos no impresso um jornalismo com mais profundidade e deixamos para o digital o cotidiano, o dia a dia, porém, após a edição impressa circular, todo conteúdo também vai para o site”, afirma.
Para João André, se depender do TP, será o último jornal do Brasil a deixar de circular de forma impressa. “Agora na pandemia e talvez isso se efetive, tivemos que diminuir o número de edições de duas para uma por semana, entretanto o número de páginas é praticamente o mesmo. Nossos leitores mais atentos verificam que as edições impressas possuem conteúdos inéditos”, afirma.
Por outro lado, houve um aumento significativo de conteúdo jornalístico diário produzido para o site. “É a cobertura em tempo real, ou seja, publicada em seguida que os fatos acontecem, para que comunidade regional possa estar informada quase que instantaneamente, porém sempre tomando todas as precauções para que a informação seja precisa e eticamente correta”, destaca João André.
Além disso, ele enfatiza que o consumo de informação pela internet ainda não possui um apelo maior junto ao leitor para que seja pago, entretanto, com o tempo, a própria comunidade vai entendendo que fazer jornalismo profissional possui um custo e começa a fazer o financiamento. Também há aumento dos nichos de publicidade digital. Mas muitas empresas de comunicação, infelizmente, não têm resistido a essa lenta evolução de entendimento”, pontua.