Assim como a Sociedade Recreativa Mina de Candiota (SRMC) – popular Clube de Lassance, o Clube Social e Recreativo Candiota (Clube da Residencial), foi um lugar de encontros, festas e eventos memoráveis durante décadas e ambos fazem parte da cultura e vida social do município, bem como era o icônico Latão, na Vila Operária.
Contudo, nos últimos anos, os clubes sociais perderam espaço e protagonismo não só em Candiota, mas em todo o Brasil. Basta ver a extinção do Recreativo e Comercial, na vizinha Bagé, só para ficar nos exemplos mais próximos. Na Capital Nacional do Carvão, eles também praticamente desapareceram.
REFORMA
Clube foi uma referência social para a comunidade não só da Vila Residencial, mas para Candiota como um todo Foto: J. André TP
Numa tentativa de ao menos proporcionar um espaço social para a comunidade da Vila Residencial, a Prefeitura, por iniciativa do vice-prefeito Paulinho Brum (PSDB) e com a concordância do prefeito Luiz Carlos Folador (MDB), captou R$ 150 mil por meio de uma emenda parlamentar do deputado federal tucano, Daniel Trzeciak para uma reforma do local. O prédio, construído no início da década de 1970, pertencia à antiga CGTEE (antes foi da CEEE), foi repassado ao patrimônio do município há alguns anos, porém como não houve mais renovação na direção da entidade nos últimos tempos, ele está fechado e obviamente se deteriorando.
Já o Clube de Lassance, no centro da cidade, por sua vez, passa por uma reforma no momento. Pertencente à Companhia Riograndense de Mineração (CRM), o prédio foi cedido em comodato ao município, e vai abrigar em breve o Centro de Reabilitação e Apoio (CRA). A reforma é feita com recursos igualmente de emenda parlamentar – esta do deputado Afonso Hamm (Progressistas).
Prédio do antigo Clube de Lassance está sendo reformado para abrigar o CRA Foto: J. André TP
Conforme Paulinho, após ouvir a comunidade da Residencial e até sócios da entidade, é que se sentiu a necessidade de recolocar o clube em condições de operar novamente. “Ter novamente um espaço para festas, casamentos e confraternizações, esse é o nosso desejo”, disse.
O vice-prefeito destacou que a reforma vai contemplar especialmente a parte do telhado e forro, que é a mais comprometida neste momento, além de piso, pintura e elétrica, o que já colocaria a estrutura em funcionamento novamente. A parte do bolão e do anexo não seriam mexidas nessa primeira etapa. “Depois podemos correr atrás de outra emenda parlamentar para mais restaurações”, assinalou.
Neste momento o forro está sendo retirado para avaliar o comprometimento da estrutura do telhado Foto: J. André TP
A obra está prevista em três etapas, segundo explicou Paulinho. A primeira, que já está acontecendo, que é a retirada do forro e fazer a projeção do que será necessário. Este trabalho é feito por uma empresa contratada por dispensa de licitação em função do valor. “Após isso, será realizada uma licitação, que acontece já neste mês de junho, para contratar uma empresa que fará a segunda etapa da obra, que é a reforma do telhado, forro, piso e elétrica. Para isso temos a emenda de R$ 150 mil. Uma terceira etapa seria para outras revitalizações e quando vamos precisar ainda buscar novos recursos. Mas reforçando, com esta reforma, já se coloca o prédio em funcionamento”, explica.
FUNCIONAMENTO
Em relação ao funcionamento após a reforma, Paulinho salientou que já existe uma ideia de que o clube seja retomado com a eleição de uma nova diretoria, tendo que ser estudada uma forma jurídica para que haja essa administração do local por meio da entidade, com repasse de subsídios, bem como, o município poder usar aquela estrutura em seus eventos.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*
