Uma cadela comunitária da Vila Residencial, em Candiota, foi encontrada morta nesta segunda-feira (16), com marca de disparo de arma de fogo na testa. O corpo do animal estava próximo ao local onde vivia e era alimentada e protegida por moradores.
As informações foram repassadas ao TP pela ONG SOS Proteção Animal, que tem como voluntária Thaís Teixeira. Ela disse ao jornal que um boletim de ocorrência foi realizado pela entidade em razão do fato, considerado “covarde e violento”, pelo grupo.
“O caso evidencia a urgência de discutirmos os maus-tratos aos animais em nosso município. Mesmo com leis que garantem a proteção animal, como o artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), que prevê pena de reclusão e multa para quem maltrata animais, a impunidade ainda é a realidade”, lembrou.
A voluntária ainda destaca que a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária muitas vezes, ficam de mãos atadas. “Quando há necessidade de resgatar um animal em situação de maus-tratos, falta o mínimo, um local adequado para acolhimento e reabilitação. Não estamos falando de um canil para acumular animais, mas de um centro de triagem e cuidado, onde os resgatados possam ser tratados, castrados, avaliados e posteriormente encaminhados para adoção responsável. Enquanto não houver investimento em políticas públicas efetivas de proteção animal, casos como esse seguirão acontecendo. Precisamos de fiscalização ativa, estrutura de apoio e vontade política para que a violência contra animais deixe de ser ignorada”, ressaltou.