25ª SEMANA DO COLONO

Primeiro prefeito de Hulha Negra afirma que uma cidade com eventos é muito mais feliz

Marco Antônio Ballejo Canto governou o município após a emancipação Foto: Arquivo TP

Marco Antônio Ballejo Canto, primeiro prefeito de Hulha Negra, foi quem recebeu a proposta da festividade por parte da Emater/Ascar, na época liderada por Erone Londero e que já tinha um escritório municipal, fator considerado por ele uma grande conquista. Naquela ocasião, segundo ele, a entidade fazia o papel da Secretaria de Agropecuária.

Conforme ele lembra, não havia uma festa que identificasse a vocação da comunidade – que tinha os colonos de origem alemã, os assentados na Colônia Nova Esperança e, de forma mais recente, os de origem no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. “Uma festa para promover o colono era oportuna, razão pela qual integrei o município ao evento que se consolidou, na época, com a participação do Executivo e Câmara de Vereadores”, lembrou.

Marco, que governou Hulha Negra de 1993 a 1996 e depois de 2001 a 2008, diz que o Executivo deve incentivar as pessoas a criar condições para que a sociedade acredite no seu potencial, desenvolva suas ações e viva bem. “A festa tem por objetivo incentivar e promover o trabalho daquele que no campo trabalha, produz e colabora na formação de uma sociedade mais justa”.

Ao jornal nesta semana, o ex-prefeito recordou a evolução da festividade ao longo dos governos. “No meu primeiro mandato começamos. Fernando Campani ampliou e levou a festa para a sede do município (começou na Trigolandia). Nos meus mandatos de 2001-2008, ampliamos mais um pouco, retirando a parte de exposição dos animais e dando impulso a parte comercial e cultural. Renato Machado manteve no mandato 2009-2012 e Erone Londero também no mandato 2013-2016, sem mudanças significativas. No mandato 2017-2020 o prefeito Renato Machado deu uma politizada na festa, com a inserção de alguns símbolos da direita bem evidentes e depois com o advento da pandemia cancelou temporariamente e depois definitivamente (ou não). A posse de Campani para o mandato 2025-2028 trás a festa de volta, o que é uma excelente iniciativa”, reflete.

Questionado sobre de que forma vê a Semana do Colono atualmente quanto a importância para o município, Marco Antônio destaca que é uma marca registrada do município de Hulha Negra e que passou a ser relevante no contexto regional, porque além de promover os locais passou a ser um espaço onde diversas manifestações culturais regionais foram aproveitadas para valorizar o evento, com grupos de música, dança, folclore, entre outros. “A Festa naturalmente tem um apelo econômico e nestes dias dezenas de empresas têm a oportunidade de expor seus produtos e faturar, que é o melhor caminho para ampliar os negócios de cada um. A festa promove a oportunidade de acesso a produtos de qualidade e a riqueza que está inerente em casa produto que tem valor”.

Ele ainda acrescenta: “Lendo uma matéria sobre as cidades onde as pessoas são mais felizes no mundo, pude compreender melhor o que representa a existência de eventos para a sociedade. Nestas cidades as pessoas têm onde ir, celebrar a vida, conviver em sociedade. Uma cidade que se propõe a fazer eventos relevantes será uma cidade mais feliz e aqui reside a maior importância da festa para Hulha Negra”, afirmou.

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