Ação busca o combate do mosquito da dengue em Pedras Altas

O início da semana foi de intenso trabalho preventivo contra a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor de doenças como a Dengue, Zika e Chikungunya em Pedras Altas. Uma ação entre a Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica e a Secretaria de Obras, possibilitou o recolhimento de materiais que poderiam servir de criatório de larvas do mosquito na cidade.

A ação integra a campanha “Todos contra a dengue” e segundo a Saúde, foram recolhidos 97 pneus e 36 garrafas no perímetro urbano e já está programado um trabalho onde os agentes de endemias, agentes de saúde e equipe epidemiológica irão visitar as residências para conversar sobre os cuidados para não deixar água parada e também informar sobre os principais sintomas da Dengue, além de atuação direta nas escolas.

No mês de junho durante trabalho de rotina dos agentes de endemias do município de Pedras Altas, foram coletadas larvas para envio ao Laboratório Central do Estado (Lacen) para análise. Destas, duas foram confirmadas como positivas para o Aedes Aegypti, uma em residência e outra em ponto estratégico.

Ao TP, o secretário de Saúde Celso Caetano lembrou que Pedras Altas era o único município da região sem foco do mosquito devido ao controle realizado pelas equipes, porém destacou não ser surpresa que um dia teriam a larva. Ele parabenizou os agentes e falou sobre o trabalho. “Nossas equipes estão de parabéns. Assim que tivemos o primeiro resultado positivo já tomamos as providências necessárias no entorno dos 300 metros de monitoramento da área. Acredito que isso já ocasionou um controle de larvas, mas ainda assim decidimos realizar a ação de coleta de pneus e garrafas que podem vir a ser criatórios. Preciso deixar claro que agora os agentes de endemias vão continuar realizando visitas nas residências e a comunidade não pode impedir a entrada nos pátios para fiscalização. Estamos vigilantes e sempre tratando todos os casos com muita seriedade”, afirmou Celso.

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS), por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS/RS) registrou até a tarde desta quarta-feira (5), 53.960 notificações de casos suspeitos de dengue e sendo 25.419 casos confirmados em 461 municípios gaúchos.

O estado registrou 50 óbitos, sendo que destes, 21 foram classificados como dengue grave e 8 como dengue com sinais de alarme. Em relação aos óbitos, a maioria ocorreu em pacientes acima de 80 anos e apresentando comorbidades. Ainda, 38 pessoas estão internadas, sendo sete em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e maioria do sexo feminino com idades entre 30 e 39 anos.

É uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus que pertence à família Flaviviridae, do gênero Flavivírus. O vírus da dengue apresenta quatro sorotipos, também classificados como arbovírus, ou seja, são normalmente transmitidos por mosquitos. No Brasil, os vírus da dengue são transmitidos pela fêmea do mosquito Aedes aegypti (quando também infectada pelos vírus) e podem causar tanto a manifestação clássica da doença quanto a forma considerada hemorrágica.

Como sintomas estão febre alta, entre 39°C e 40°C, com duração de dois a sete dias, dor atrás dos olhos, dor de cabeça, no corpo e nas articulações, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia, manchas vermelhas na pele com ou sem coceira.

A Secretaria está divulgando ações para evitar a proliferação do mosquito, como: limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia; limpe com escova ou bucha os potes de água para animais semanalmente; deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo e pneus cobertos; não esqueça da limpeza em calhas, piscinas e ralos; e plantas como as bromélias.