EMPREENDEDORISMO

Acias considera atual cenário como divisor de águas para o comércio pinheirense

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Além de modificar consideravelmente o dia a dia da população, o coronavírus trouxe um grande desafio para o setor comercial. Diante da necessidade de evitar aglomerações, cumprindo orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e decretos estaduais e municipais, somente serviços essenciais – farmácias, supermercados e postos de combustíveis – não tiveram suas atividades suspensas. O sentimento diante de um vírus totalmente novo é de medo, tanto em relação à saúde pública quanto ao futuro dos empreendimentos.

Isso também tem sido a realidade em Pinheiro Machado. Para o presidente da Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Serviços (Acias), Jesus Benê Gomes, apesar da grande preocupação principalmente com a saúde financeira dos pequenos comércios do município, a pandemia surge como um divisor de águas. “Essas primeiras semanas nos deixaram bastante preocupados realmente, mas a diretoria já tem conseguido ver que esse momento é de adequação e de evolução. É o antes e depois da Covid-19 em Pinheiro Machado. Precisamos nos desafiar e explorar os meios digitais como já acontece nas grandes cidades e nas outras empresas. O novo decreto permite que sejam realizadas tele-entrega dos nossos produtos e isso é uma modalidade que podemos implementar daqui para frente”, disse.

Conforme lembrou, em 2019 a Acias disponibilizou uma série de palestras e cursos voltados ao marketing digital. A parceria foi estabelecida junto ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e à Prefeitura de Pinheiro Machado, de forma gratuita para sócios da entidade e demais interessados. “Naquela época, tentamos chamar atenção para o tema que buscava alavancar as vendas no comércio local. Meses depois esse é o único modo de comercializar nossos produtos em função do coronavírus e agora estamos sendo obrigados a abrir a mente, deixar as tradições de lado e inovar. Temos certeza que logo que isso passar vamos retomar as vendas nas lojas físicas, mas estamos vendo com otimismo a abertura de uma nova possibilidade: nossas equipes vão precisar se qualificar, vamos começar a olhar com mais atenção para estratégias de marketing e ainda vamos abrir espaço para trabalhadores do ramo da tele-entrega no nosso município”, destacou Benê.

Segundo destacou o presidente da entidade, a modalidade só é válida diante da publicação do novo decreto – que deve ocorrer ainda no final de semana, com vigência a partir da segunda-feira (6). A diretoria também estará atenta ao trabalho de fiscalização para que as determinações sejam cumpridas conforme determinado e os comércios com restrições não sofram ainda mais consequências. “Entendemos que é uma questão de saúde pública e também temos medo diante de uma contaminação em massa. A questão é que representamos uma série de empreendimentos e a maioria deles não têm liberação para voltar a funcionar nos moldes tradicionais – mesmo que com medidas restritivas, como as lojas de materiais de construção e autopeças. Vamos ficar atentos para que, dentro da lei, todos possamos atuar e garantir a continuidade dos seus negócios”, afirmou.

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