
Reunião com entidades tradicionalistas definiu alguns critérios para os festejos deste ano Foto: Arquivo TP
A programação da Semana Farroupilha deste ano em Hulha Negra já está sendo elaborada pelas entidades tradicionalistas da cidade e Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec). Em junho foi promovida uma reunião para tratar do assunto e um novo encontro está agendado para o dia 3 de agosto, na sede da secretaria. O titular da Smec, Vinicius Kercher, informa que, na oportunidade, os representantes das entidades tradicionalistas apresentarão suas programações para a Semana, que acontece de 13 a 20 de setembro. “Estamos discutindo a realização de um baile no dia 18 de setembro. Teremos homenagens às famílias tradicionalistas”, destaca o secretário. Segundo ele, está prevista ainda uma homenagem póstuma a Eloi Goldbeck, falecido em maio deste ano e que sempre colaborava com a realização da Semana Farroupilha no município.
No encontro do dia 22 de junho ficou definido que, para a participação dos cavalos nos festejos farroupilhas, será exigido o exame negativo para o mormo, doença silenciosa que atinge equinos. É ocasionada por uma bactéria transmitida pelas excreções e secreções do animal infectado (urina, fezes, secreção nasal). Os sintomas clínicos são febre, fraqueza, anorexia, lesões na mucosa nasal com secreção e lesões e nódulos na pele. A doença é transmissível ao ser humano, podendo levar à morte se não houver tratamento imediato. Em caso de suspeitas da doença, o produtor deve notificar o caso imediatamente às autoridades, para que sejam adotadas as medidas sanitárias pertinentes.
Para obter a Guia de Transito Animal (GTA), o técnico agrícola da Inspetoria Veterinária de Hulha Negra, Luís Carlos Alves Garcia, explica que os resultados dos testes de mormo e de anemia infecciosa, que o cavalo deverá ser submetido, deverão ser negativos. Conforme ele, os laudos dos exames são emitidos num prazo máximo de 15 dias e os proprietários dos animais devem contratar um médico veterinário para realizar a coleta.
De acordo com Kercher, entre 150 a 200 cavalarianos costumam participar do desfile farroupilha em Hulha Negra.
ENTENDA O CASO – Em junho do ano passado foi confirmado o primeiro caso de mormo no Rio Grande do Sul. Uma égua de uma propriedade em Rolante, no Vale do Paranhana, morreu por causa da doença e um potro, filho dela, foi sacrificado quando foi comprovada a presença da doença nele. Por causa desse episódio, o Estado perdeu a condição de “livre da doença mormo”. Devido a isso, em inúmeras cidades gaúchas a presença de cavalos foi proibida em diversos eventos para impedir a disseminação do mormo. Hulha Negra foi uma delas. Entretanto, o CTG Vento Xucro não deixou de cultuar a tradição e realizou um desfile temático na Semana Farroupilha. Os integrantes da entidade apresentaram, na avenida Getúlio Vargas, a culinária e as culturas artística e campeira do povo gaúcho.