CRIMINALIDADE

Bagé está na lista dos 20 municípios gaúchos mais violentos

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Um levantamento do Atlas da Violência de 2019, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado neste mês de agosto, aponta que em 2017 Bagé está entre os 20 municípios mais violentos do Estado. Com 22 homicídios, a cidade ficou com a 17ª posição. A análise é feita em cima de localidades com mais de 100 mil habitantes e hoje a Rainha da Fronteira possui mais de 120mil moradores.

O Rio Grande Sul contabilizou 3.316 homicídios, o que resulta em uma taxa de 29,3 mortes para cada 100 mil habitantes. A publicação mostra que a taxa de homicídios do Estado cresceu pela quarta vez consecutiva e atingiu o maior número em dez anos. O Brasil teve 65.602 pessoas assassinadas, sendo o maior nível histórico de letalidade violenta intencional do país.

De acordo com o delegado de Polícia Regional – 9ªDPRI Bagé, Luís Eduardo Sandim Benites, 2017 foi um ano atípico, em razão que a média de homicídios na cidade até 2016 não ultrapassava de 8 a 12 por ano. “As motivações são variadas, mas as mortes em razão de disputas por pontos de distribuição de entorpecentes foram maiores que as outras”, conta. O delegado revela que em 2018 houve uma redução de 22 homicídios para 15, com motivações variadas e com o predomínio por disputas em razão do tráfico.

Em 2019 o município já contabiliza dez homicídios, o último ocorrido no dia 18 deste mês. O jovem Maurício Cartana Silva Freitas, de 27 anos, foi encontrado morto, no interior de seu veículo Gol alvejado a tiros, crime ainda sob investigação. Conforme Benites a maioria das mortes seguem em razão da luta interna pelo controle do comércio ilegal de drogas. Mesmo diante dos dados, o delegado afirma que em termos gerais, Bagé não é das comunidades com maior incidência de crimes violentos, comparando dados recentes de municípios com características semelhantes, em que a cidade se apresenta com número inferior.

Entre as medidas listadas pelo delegado já adotadas para a diminuição dessa realidade estão o combate à organizações criminosas que atuam no tráfico, bem como a investigação das mortes para evitar a impunidade, fator este que estimula a violência. Benites acredita que efetivar ações sociais para população jovem, disciplinar o uso do espaço público, melhorar as condições de transporte e iluminação pública, assim como, revitalizar áreas de lazer, tendem à reduzir esses índices.

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