INFLUENZA

Candiota afirma enfrentar instabilidade no sistema de vacinação

Município já atingiu 50% de vacinação no grupo prioritário, mas reforça importância da imunização

Segundo a Prefeitura, dados armazenados manualmente no Setor de Imunizações
de Candiota, indicam que foi vacinado 50,58% do público prioritário Foto: Sabrina Monteiro/Assessoria PMC

Na última semana, dados de painéis do Ministério da Saúde informam o número total de doses aplicadas na Campanha de Vacinação contra Influenza em todo o país. O jornal fez uma publicação mostrando os números de doses aplicadas até o dia 15 de junho nos municípios de cobertura impressa – Bagé, Candiota, Hulha Negra, Pedras Altas e Pinheiro Machado.

Destes, apenas Pinheiro Machado havia ultrapassado os 50% de imunizações no prioritário composto por crianças, idosos e gestantes (53,53%), ficando Candiota, como segundo maior município em número de aplicações de doses. Na ocasião, os dados do dia 15, há 12 dias atrás, mostrava que haviam sido aplicadas no público-alvo, 2.495 doses, correspondendo a 49,30% e no público em geral, 1.605 doses.

Nesta semana, a Prefeitura de Candiota explicou em nota, que de acordo com a equipe responsável pelas imunizações no município, o sistema que registra o número de vacinas já aplicadas na população está passando por constante instabilidade. “Um exemplo disso, é que no site do Ministério da Saúde consta que apenas duas gestantes foram imunizadas contra a influenza no momento, quando na verdade, conforme repassado pela equipe, 34 já receberam a dose”, diz a nota.

Segundo a Prefeitura, uma das responsáveis pelas na cidade, a enfermeira Cláudia Pereira, informou que de acordo com os dados que foram armazenados manualmente pela equipe, o município atingiu 50,58% da população até o momento.

O secretário de Saúde, Fabrício Moraes, lamenta a inconsistência dos dados, mencionando o esforço e trabalho realizado por todos os vacinadores, que inclusive foram até os locais de difícil acesso com o apoio da Defesa Civil municipal, para garantir que a vacina fosse aplicada em todos. “E por mais que os números não estejam atualizados, é importante alertar que a vacina só faz bem e que precisamos aumentar ainda mais esta porcentagem. Mesmo que já estivéssemos com 60% da população vacinada, ainda assim seria pouco. Precisamos nos conscientizar e procurar as unidades para receber a dose”, alertou ele.

Ainda conforme a nota a 7ª CRS havia informado uma instabilidade nos dados e apuração feita pelo TP na quarta-feira (25), os dados dos painéis do Ministério da Saúde estavam com informações congeladas, mostrando ainda os mesmos índices.

Em entrevista anterior ao jornal, com relação aos baixos índices, a coordenadora regional da 7ª CRS, Cláudia Souza já havia alertado para a importância da vacinação. “Precisamos reforçar que a nossa cobertura vacinal ainda precisa de atenção. Que a vacina é gratuita e está à disposição nas unidades básicas. As equipes estão capacitadas, à espera da nossa população. A nossa preocupação é grande com a chegada das baixas temperaturas, com isso estamos desenvolvendo diversas estratégias e ações no Estado inteiro e nas nossas regionais para que consigamos diminuir esta curva que está alta”.

A enfermeira Lívia Rolim, responsável pelas Imunizações na 7ª CRS reforça que “a vacina contra a Influenza é segura, eficaz e comprovadamente diminui os riscos de internação e morte contra as Síndromes Respiratórias Aguda e Grave, que inclui a influenza. Essa vacina não é nova e vem sendo realizada desde 1999. A importância da vacinação não está somente na proteção individual, mas porque ela evita a propagação em massa de doenças que podem levar à morte ou a sequelas graves”.

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