ESPORTE

Candiotense disputa o Brasileiro sub-20 feminino em São Paulo

Paola Pereira integra a equipe de futebol do Juventude

Paola já havia desistido do futebol de campo quando surgiu a oportunidade no Juventude Foto: Arquivo Pessoal/Especial TP

Visando uma carreira brilhante no esporte, a candiotense Paola Pereira de Pereira, 18 anos, trocou a rotina de Candiota pelos treinos diários na equipe do Juventude, de Caxias do Sul.

Filha de Valdeci de Fátima Pereira e Hercilio Vicente Domingues, a atleta contou ao jornal que a rotina de treinos é bastante fechada no Juventude. Ela também destacou que seu objetivo é evoluir na carreira. “Estar jogando no Juventude representa um sonho sendo realizado, pois já passei por alguns times com o mesmo objetivo, crescer. Agora, o foco está sendo evoluir, melhorar cada dia mais. Todo treino futuro pode ser melhor do que o que passou”, afirmou Paola.

Nesta semana, Paola viajou com equipe do Juventude para disputar o Brasileiro sub-20 Foto: Divulgação TP

Na segunda-feira (2), Paola Pereira viajou com a equipe das Esmeraldas e a delegação do Verdão, como é chamado o Juventude, para Santana de Paranaíba (SP). A equipe começou a disputar o Campeonato Brasileiro Feminino sub-20. A estreia ocorreu na terça (3), às 14h, contra o Corinthians, no estádio Gabriel Marques Silva. São 27 atletas inscritas na competição, no entanto, apenas 20 viajaram até São Paulo e Paola estava na lista. Confira: goleiras – Livia e Paola; zagueiras – Eduarda Miranda, Katriny, Luana, Eduarda e Priscila; laterais – Bruna, Rovana e Gabi Rech; meias – Bianca, Michele, Letícia, Larissa, Sara e Mylene; atacantes – Camily, Isadora, Lari Duarte e Nikoli.

Paola Pereira é goleira e tem 18 anos Foto: Arquivo Pessoal/Especial TP

INÍCIO NO ESPORTE – A goleira contou a reportagem do Tribuna do Pampa que sempre foi ligada ao futebol, mas que a paixão pelo esporte ocorreu quando começou a participar da equipe feminina de Candiota, a João Emílio. “A equipe disputava gauchões e levava as atletas que podiam para outras equipes maiores”, contou.

A carreira de Paola, antes do Juventude, se dividiu entre equipes de campo e futsal, como o Barcelona, Cristal, Guarany e Tubarão Vermelho.
Questionada como foi a descoberta da posição em campo, ela contou ter surgido após uma sugestão do treinador. “Eu já atuava como goleira no futsal, depois passei para o campo jogando na linha, após, meu treinador disse pra eu arriscar pegar no gol, já que eu atuava no futsal antes. Desde então eu amo ficar entre essas duas traves e realizar os jogos como a vilã ou a salvadora, porque ser goleiro é um ou outro, só depende do resultado (risos)”, relatou.

TRAJETÓRIA – A goleira candiotense relembra estar jogando na equipe do Cristal, de Pelotas, no futsal, quando surgiu a oportunidade com o Juventude. Ela contou já ter desistido do futebol de campo. “Havia tentado fazer teste em uma equipe maior e não tive êxito. Já tinha decidido não voltar para o campo, assim para não me prejudicar nas ações do futsal. Certa manhã surgiu essa oportunidade de vir para o Juventude, apareceu exatamente na hora certa, mas nisso tudo eu já tinha desistido, e agora? qual a escolha? fui na lógica de que recém tinha 18 anos e poderia arriscar mais um pouco. Corri atrás da papelada e dois dias depois embarquei para Caxias do Sul, fiz avaliações, passei, e agora estou aqui jogando o brasileiro sub-20 em São Paulo”, contou.

MOMENTOS MARCANTES – O TP perguntou a Paola se ela poderia destacar momentos marcantes ligados ao esporte durante sua trajetória. Ela citou a convivência, além de alguns jogos. “Momentos com as meninas, as risadas, as resenhas, os abrações, as lágrimas e as raivas que passamos”, diz ela.

A atleta aproveita para fazer agradecimentos. “Agradeço a todos os meus treinadores, amigos e amigas que sempre estiveram comigo, e agora mesmo de longe, seguem me apoiando. A oportunidade de jogar em uma equipe de Série A como o Juventude e um agradecimento especial para o meu treinador Cleo de Moura, o cara é diferenciado, mesmo depois de eu ter decidido não jogar mais campo, ele insistiu no meu potencial, portanto, nada mais a declarar, apenas agradecer”, manifestou a goleira.

Início da carreira foi com o técnico candiotense Cleo Moura, o qual Paola possui muita estima Foto: Arquivo Pessoal/Especial TP

VALORIZAÇÃO – A atleta aproveitou o momento para falar sobre a valorização do futebol feminino. Paola ressaltou que na região Candiota-Bagé ainda é necessária uma atenção especial. “Tudo é mais difícil, até um auxílio com ônibus para participar de jogos é um a luta. Quando fiz teste no Internacional gastei tudo do próprio bolso, pois a Prefeitura na época não disponibilizou nenhum custeio para incentivo. O esporte ainda é bastante desvalorizado na região de Candiota. Não vou dizer que em Caxias não é e São Paulo também, mas aproveito a oportunidade para solicitar aos gestores para que tenham um olhar mais atento para o esporte”, concluiu a jogadora.

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

Comentários do Facebook