PAIXÃO PELOS ANTIGOS

Clube de antigomobilismo Anos Dourados será fundado em Candiota

Djair Escobar diz que o clube está aberto a novos participantes, sendo a única exigência, possuir um veículo antigo

Djair Júnior (D) herdou do pai Djair o gosto por carros antigos Foto: Silvana Antunes TP

O gosto pelos automóveis antigos está transformando um sonho em realidade. O candiotense de coração Djair Vaz Escobar Júnior, que junto ao pai Djair, sempre conviveu com veículos antigos em casa, decidiu criar o grupo Anos Dourados – Clube de Antigomobilismo.

Ao Tribuna do Pampa, Djair, que junto ao pai é proprietário da Palácio das Bicicletas e Renovacar Garagem, disse que a decisão de criar o grupo partiu de um incentivo recebido em casa desde criança. “Meu pai pela vida toda trabalhou com carros, principalmente antigos, e desde sempre os nossos carros foram clássicos como, por exemplo, Opala, Galaxie, Maverick, Fuscas e Fiat 147. O meu primeiro carro foi um Chevette 1977, hoje tenho oito carros, sendo seis deles de coleção”, conta.

O clube Anos Dourados ainda não foi fundado formalmente, mas segundo repassado por Djair, já conta com pelo menos 12 integrantes. Ele diz que o objetivo principal em Candiota é realizar eventos que reúnam carros e motos. “É uma forma de contribuir com a cultura local de forma acessível a todos os públicos e almejamos muito ser parte do calendário de eventos das festividades de aniversário do município”, afirmou Djair, que deixa um convite. “O grupo está sempre aberto para novos integrantes, a única exigência é ter pelo menos um carro antigo”.
ESCOLHA DO NOME

Clube Anos Dourados é um sonho antigo de Djair Escobar. Na imagem, a logomarca do clube Foto: Divulgação TP

Questionado pelo jornal acerca da escolha do nome, Djair conta que faz referência a uma época de revolução da indústria automobilística brasileira. “Os chamados Anos Dourados se deram no começo dos anos 50 até o início da década de 60. Nesse período o país passava por diversas transformações nos âmbitos social, econômico, urbano e inclusive automobilístico. Foi nessa época que carros como Buick, El Camino, Mercury e Ford Hudson, circulavam pelas ruas e avenidas do nosso país, e essa época foi tão importante para a indústria automobilística, que se reflete até hoje. A partir dos anos 60, década de 70, já pós Anos Dourados, se iniciava uma verdadeira revolução na indústria automobilística brasileira, foi nesse período que nasceram clássicos como o sinônimo de carro Fusca, o Ford Maverick, o Chevrolet Opala e o Ford Galaxie, sendo que na minha opinião, foram esses clássicos da indústria nacional que fizeram com que a cultura do antigomobilismo no Brasil se consagrasse e tenha se tornado essa ferramenta de entretenimento para todas as idades em todo lugar que tem evento”, afirmou Djair, acrescentando que “foi graças aos queridos Anos Dourados que hoje em dia existem apaixonados por carro de todas as idades, etnias e gêneros.”

EVENTOS
O apaixonado pelo antigomobilismo, que desde pequeno sempre participou em eventos de carros, bem como corridas dentro e fora do Estado, e hoje além de colecionar veículos antigos também é um preparador de todo tipo de carro, inclusive para clubes, falou sobre o pensamento futuro do clube quanto a eventos na cidade. “Queremos crescer, incentivar mais pessoas a pegarem gosto pelos carros antigos assim como peguei com meu pai e me tornei colecionador. Com a fundação do clube quero juntar mais pessoas companheiras para fomentar essa cultura na nossa cidade e região, levar o nome de Candiota para outros municípios, mostrando que a cultura automobilística está presente aqui também, assim como fazer eventos para mostrar as potencialidades da cidade”.

Ao TP ele adiantou que o grupo pretende organizar um simples evento na cidade para apresentação do Anos Dourados – Clube de Antigomobilismo para marcar a passagem do Dia Mundial do Fusca, que ocorre em 22 de junho.
MENSAGEM
Djair deixa uma mensagem aos jovens e seus familiares. “Os pais devem incentivar os filhos a gostarem de suas atividades e seus gostos para que eles gostem daquilo que seus pais gostavam e tinham de bom em sua época. Tive esse incentivo que está longe das tecnologias modernas, mas dávamos muito mais valor ao simples fato de ter um automóvel na garagem, um meio de transporte, uma forma de deslocamento para amigos e familiares, algo totalmente saudável”.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO

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