Coprocessamento, os dois lados da moeda – Parte II

Em nossa última coluna falamos da evolução dos combustíveis industriais, indo até o nascimento do processo de coprocessamento, onde a indústria de pneu teve papel fundamental. Mas o que tem haver pneu e combustível?

O pneu tem basicamente na sua composição 41% de borracha (sintética e natural), 17% de produtos químicos, o restante são materiais metálicos e têxteis. É essa composição que torna um grande combustível alternativo. Como forma de buscar uma solução para o grande numero de pneu velhos e sem uso, que até então estavam jogados na natureza ou nos lixões, o CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente, emitiu em 2009 a norma nr 416. Nela estavam descritas uma seria de orientações para o descarte correto de pneus.

Neste momento, a indústria cimenteira tornou-se a melhor solução, pois garantia o descarte sem geração de resíduo. Logo, muitas cooperativas, associações e sindicatos se mobilizaram para estruturar a cadeia reserva deste resíduo, formando uma grande força-tarefa nacional. Aqui no Rio Grande do Sul, a cidade de Candiota, mais uma vez, desenvolveu papel fundamental para esse capítulo da história.

Inicialmente a cimenteira localizada na região foi destino de 100% do passivo ambiental gaúcho, o que posteriormente abriu portas para este resíduo ser reutilizado em outras industrias, tais como: construção de rodovias, produção de tapetes de carro, ou até mesmo a produção de peças de borracha em geral.

Outros resíduos foram somados ao coprocessamento. Hoje as indústrias calçadista e moveleira também se destacam como grandes fornecedores de resíduos para a geração de calor, o que torna nosso meio ambiente cada vez mais sustentável.

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