EDUCAÇÃO

CPM de escola estadual de Candiota faz manifesto e pede urgência em mudança de prédio

13ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) assinala que a situação tanto da mudança como da reforma são prioridades

Pais se reuniram e protestaram, exigindo urgência na transferência Foto: Divulgação

O TP, há alguns dias, fez uma ampla reportagem, em primeira mão e de página inteira, relatando as condições precárias do prédio da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Jerônimo Mércio da Silveira, localizada na Vila Residencial, em Candiota (ver matéria aqui). Porém, na mesma matéria se anunciou que depois de uma negociação, a escola seria transferida temporariamente para o prédio do antigo hotel, que hoje pertencente a Âmbar Energia, que é igualmente proprietária da Usina de Candiota. Também, a reportagem explicou que a mudança iria ocorrer porque o governo do Estado promete fazer uma grande reforma na estrutura do prédio do educandário.

Contudo, um problema elétrico ocorrido na noite da última sexta-feira (6) e que resultou na suspensão das aulas – inclusive nos três turnos desta segunda-feira (9) -, originou um manifesto organizado pelo Círculo de Pais e Mestres (CPM) no final da tarde e início da noite desta segunda. Conforme a presidente da entidade, Rafaela Parodes, a comunidade escolar está solicitando urgência nos encaminhamentos para a transferência da escola ao prédio provisório disponibilizado pela Âmbar.

Em nota publicada nas redes sociais, o CPM assinala que na última sexta houve indícios de um princípio de incêndio durante o turno da noite, o que aumentou ainda mais a insegurança. “A escola, com quase 70 anos de existência, vem apresentando sérios problemas estruturais. Desde 2018, laudos técnicos têm apontado riscos, mas nenhuma medida concreta foi tomada até janeiro deste ano, quando a atual direção encaminhou relatórios e um pedido urgente de reforma”, assinala um dos trechos.

Cartazes chamaram a atenção para a situação do prédio Foto: Divulgação

Ainda, o CPM afirmou que diante da gravidade da situação, os pais não irão colocar a vida de seus filhos em risco e que não vão enviá-los para as aulas. “Não aceitaremos que nossas crianças sigam estudando em um ambiente sem segurança. Solicitamos que a SEDUC (Secretaria de Educação) assine, com urgência, o pedido de transferência para o prédio provisório da Âmbar, garantindo dignidade e segurança para nossos filhos, bem como para os educadores, funcionários e a equipe diretiva da escola”, assinala nota.

Uma reunião também convocada pelo CPM ocorreu no início da noite, contando, além dos pais e alunos, com a presença da direção da escola, de vereadores e vereadoras, entre outras liderança, bem como de representantes da 13ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). Houve manifestações com cartazes.

O jornal, já sabendo da organização da manifestação, conversou na tarde desta segunda com a diretora Maria Elaine Escoto da Fontoura, que confirmou que os pais haviam resolvido fazer um manifesto para chamar a atenção da estrutura física do prédio e apressar a mudança para o prédio da Âmbar. “É um ato totalmente provido pelos pais. Temos uma comunidade escolar muito atuante. E estão apoiando a decisão da mudança, porém há necessidade de maior rapidez, visto que a cada dia as dependências da escola ficam mais deterioradas”, disse ela.

13ª CRE DIZ QUE MUDANÇA É PRIORIDADE

Em nota distribuída pela Assessoria de Comunicação da 13ª CRE,  a coordenadora regional, Carmem Maria Soares Bueno, diz que a a situação do prédio da escola vem sendo acompanhada com atenção desde o final de janeiro de 2025. “Por volta do dia 20, esta Coordenadoria passou a tratar com maior foco das necessidades de manutenção da estrutura, que há anos apresenta sinais de desgaste, especialmente por ser um prédio inteiramente construído em madeira. Desde então, foi iniciada a busca por um espaço alternativo que possa receber a escola durante o período de reforma. Ao mesmo tempo, a unidade foi incluída como prioridade número um pela 13ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas (CROP), reforçando o compromisso com a urgência da obra”, destaca a nota.

Ainda, a 13ª CRE reforça, que, em 14 de março último, com o apoio do prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador, foi possível avançar no diálogo com a empresa Âmbar, que passou a colaborar ativamente na busca por uma solução viável. Foram avaliados o antigo refeitório e o prédio que abrigava o hotel da empresa, além de um imóvel da antiga usina, atualmente sob responsabilidade da Prefeitura, mas que exigiria adequações significativas, segundo a Coordenadoria. A confirmação da cedência por parte da Âmbar do antigo hotel veio no dia 19 maio último. “A partir dessa definição, estão em andamento os trâmites legais e documentais para que a escola possa ser transferida para esse novo espaço com segurança e organização, viabilizando o início da reforma do prédio original. O coordenador da 13ª CROP, Cesar Vasconcellos, já esteve diversas vezes na escola acompanhado de sua equipe técnica. Os levantamentos foram realizados e o relatório técnico foi encaminhado à Seduc. A reforma é de grande porte e prevê a reforma completa do telhado, substituição da rede elétrica, melhorias no refeitório, que já apresentava limitações em 2024 e outras adequações estruturais necessárias ao bom funcionamento da escola”, expõem outro trecho da nota.

Por fim, a A 13ª CRE diz que a revitalização da Escola Jerônimo Mércio é prioridade. “Todas as medidas estão sendo tomadas com responsabilidade e cuidado para garantir a continuidade das atividades escolares e o bem-estar de estudantes, professores e demais profissionais da educação”, aponta.

Sobre a decisão dos pais em não enviar os alunos enquanto não se mudar de prédio, a 13ª CRE ainda não se manifestou.

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