Grupo comemorou as conquistas Foto: Divulgação TP
O fim da noite do último domingo (3), foi especial para professores e alunos da escola Neli Betemps, de Candiota. Um curta-metragem produzido pelo grupo, com parceiros da cidade de Pinheiro Machado, conquistou dois prêmios no 14º Festival Internacional de Cinema da Fronteira, realizado em Bagé, Santana do Livramento e Aceguá. A atriz gaúcha Leona Cavalli e a produtora audiovisual Carla Esmeralda foram as homenageadas desta edição.
Com o nome “Apagados da História – o filme”, o curta que conta a história dos Lanceiros Negros, levou os troféus de Melhor Roteiro e Melhor Filme Juri Popular.
Ao Tribuna do Pampa, a professora responsável pelo projeto, Juacema Costa Lima disse que realizada é a palavra para descrever o sentimento pela conquista dos prêmios junto aos alunos. “Participar do XIV Festival de Cinema da Fronteira ao lado de diversas obras de profissionais conceituados do ramo foi uma honra, que se tornou ainda maior quando recebemos as premiações. Quero agradecer a sensibilidade dos organizadores do festival que tiveram um olhar especial para nosso trabalho e souberam reconhecer o contexto do nosso projeto, entendendo a importância de abrir esse espaço tão rico para que mais pessoas tenham oportunidades. Outro ponto que me deixou muito feliz foi ver no rosto de cada aluno a alegria e emoção em ser parte de algo tão grandioso e vivenciar novas experiências que nem sonhavam em viver”, afirmou.
Professora Juacema ao receber uma das premiações Foto: Divulgação TP
Juacema também destacou que o trabalho serviu para mostrar a importância de se buscar novas alternativas na área da educação. “Conseguimos deixar o ensino mais atrativo, permitindo que os alunos conhecessem novos horizontes mesmo se tratando de história, que nos remete ao passado. Sobre o tema escolhido, os ‘Lanceiros Negros’, acredito que foi essencial para a realização do nosso projeto e do nosso filme. Essa é uma história que precisa ser contada pois foi literalmente apagada da história e eles são heróis que merecem todo o nosso reconhecimento”, pontuou a professora.
O secretário de Educação de Candiota, Michel Feijó, falou sobre a conquista, parabenizando todos os envolvidos no projeto, desde alunos, comunidade escolar e setor pedagógico do município. “Agradeço a professora Juacema e toda direção da escola Neli Betemps por resgatar uma parte da nossa história, assim como a todos os alunos e aqueles que ajudaram nesse projeto. A premiação coroou esse grande trabalho, nós da Secretaria estamos muito contentes, não só pelo resultado, mas por todo o envolvimento de construção de projeto. É gratificante para nós, estamos muito orgulhosos”, manifestou.
Professora e direção da escola foram recebidas pelo prefeito Folador e equipe de governo Foto: Evair de Lopes/Especial TP
ALUNOS E FAMÍLIA
O jornal também recebeu o depoimento de alunos participantes do projeto e também de um familiar que acompanhou todo o processo.
Para Thamyres Ramos, foi uma experiência maravilhosa. “Aprendi muito sobre, fiquei muito feliz pelos troféus e ver a felicidade no rosto da professora foi muito gratificante”.
O aluno Edyvan dos Santos Gonçalves disse estar emocionado por participar do projeto. “É lindo, amei a iniciativa das professoras e colaboração da escola. Eu sou formando, e eu vou com toda certeza estar nesse projeto no ano que vem. Me senti emocionado com isso, a sensação é só pra quem vive o momento, só pra quem participa, a sensação é única”.
O jovem Jhordan Cassal Batista também falou sobre a importância do projeto. “Esse projeto me mostrou o que é ter força e garra para enfrentar as dificuldades. A história dos lanceiros mexeu com a minha imaginação, me entreguei de alma a essa história que nunca deve ser esquecida. É muito prazeroso fazer parte dessa história, poder representar e poder ganhar o troféu que não foi pra nós, mas para aqueles guerreiros que devemos toda essa vitória”.
Já o aluno Weslen Silva da Silva destacou as novas experiências vividas. “Me senti muito honrado por homenagear os Lanceiros Negros com a professora, uma história que eu não sabia. O projeto me fez passar por novas experiências, adorei muito participar do projeto e fazer esse curta”.
Para Raquel Ferreira Cassal, mãe do aluno Jhordan, o projeto foi importante para o filho. “Esse projeto desde o início ajudou meu filho com algumas dificuldades. Com o passar dos meses ele se tornou grande parte dessa história a qual meu filho sempre fala e está muito feliz em poder fazer parte de um projeto que lembra daqueles que derramaram sangue e foram esquecidos. Eu tô muito orgulhosa dele (filho) por se entregar totalmente a esse lindo projeto”.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*
