A Polícia Civil, através da Força Tarefa de Combate aos Crimes Rurais e Abigeato, deflagrou na manhã desta terça-feira (12), a Operação Calcário, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa de abigeato que vêm atacando várias cidades do Estado.
Foram cumpridos pela Polícia Civil, sob coordenação dos delegados Cristiano Ritta e André de Matos Mendes, um total de 21 ordens judiciais nos municípios de Bagé, Lavras do Sul, Dom Pedrito e Taquari. Destes, seis mandados de prisão preventiva, 10 mandados de busca e apreensão, quatro apreensões de automóveis e uma apreensão de um caminhão boiadeiro utilizado pela organização em furtos de gado.
A organização criminosa atua tanto no furto de bovinos e ovinos vivos (utilizando caminhão boiadeiro), como na forma de carneada. A maior parte dos integrantes do bando são da cidade de Bagé.
A operação foi denominada Calcário porque as investigações tiveram início após o furto de 17 animais bovinos, ocorrido em 2 de março deste ano, no município de Caçapava do Sul, cidade conhecida pela grande produção desta matéria-prima. No decorrer das investigações, os policiais da Força Tarefa conseguiram apurar que a organização criminosa que tem núcleo central em Bagé foi a responsável pelo referido furto.
Conforme o delegado André Mendes, o bando também é responsável por vários outros abigeatos ocorridos nos últimos meses, destaque especial para dois: o furto de 46 animais bovinos ocorrido em março na cidade de Pantano Grande e o furto na forma carneada de 15 ovelhas prenhas ocorrido no mês de julho em Bagé. Ambos com grande destaque na mídia estadual. O primeiro pela quantidade de animais bovinos furtados e o segundo pela crueldade na forma como ovelhas prenhas foram abatidas.
A Força Tarefa de Combate aos Crimes Rurais e Abigeato, criada em agosto de 2016 vem realizando várias ações com o objetivo de diminuir os índices de criminalidade no campo, e já conta com resultados positivos. “Durante um ano de atuação da Força Tarefa, mais de R$ 6,5 milhões já foram retirados das mãos dos criminosos, valores que deverão servir para restituir as vítimas”, relatou o inspetor Patrício Antunes.