RECONHECIMENTO

Dia do Médico: Ruy Celso Ratto, 43 anos na medicina pinheirense

O Dia do Médico é celebrado anualmente em 18 de outubro. Responsáveis por cuidar da saúde das pessoas, os médicos podem ser generalistas, que atuam em Clínica Geral e Saúde da Família, ou especialistas, quando são peritos em alguma área, tais como endocrinologistas, cardiologistas, otorrinolaringologistas, ginecologistas, obstetras, pediatras, dermatologistas e neurologistas, entre outros.

A data é celebrada em homenagem a São Lucas, o padroeiro dos médicos, que foi um dos quatro evangelistas do Novo Testamento, e seu evangelho é o terceiro em ordem cronológica. Lucas era médico, razão pela qual se decidiu homenagear os profissionais com o mesmo dia da festa deste santo.
Em razão da importância que exercem na sociedade, pois a saúde é o principal fator para se alcançar o desenvolvimento humano e social, o Tribuna do Pampa conversou com três profissionais que atuam em pelo menos dois municípios da região, pelo Sistema Único de Saúde (Sus), principal porta de acesso ao atendimento da maior parte da população.

Entre um plantão e outro, os médicos falaram um pouco sobre a profissão, atuação durante a pandemia e fizeram uma avaliação sobre relações feitas da medicina como forma de mercadoria, impossibilitando cada vez mais o acesso a tratamentos particulares.

Meco é conhecido por prestar atendimento em qualquer lugar Foto: Divulgação TP

RUY CELSO – Nascido em 11 de junho de 1949 na então Cacimbinhas, hoje Pinheiro Machado, Ruy Celso Pereira Ratto, ou simplesmente Meco, é conhecido pela comunidade por prestar atendimento em todos os lugares, sem olhar condição social, cor ou profissão.

Formado em 1978 na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), atualmente, o médico não possui consultório para consultas particulares, trabalha pelo Programa Saúde da Família (PSF), na unidade Zona Norte e Secretaria de Saúde de Pinheiro Machado.

Ao Tribuna do Pampa, ele contou que durante a pandemia de Covid-19 precisou permanecer durante um período em casa para se cuidar. “Não fui ferido na guerra, prestando atendimentos, mas sim pela minha sobrinha neta de três anos, em casa”, contou.

Seu Ruy como é chamado na comunidade, já contabiliza 43 anos de medicina e é considerado “médico dos pobres” em Pinheiro Machado. Ele se auto-define como louco de atar. “Meus amigos estão fazendo uma campanha e vão fazer um busto meu na praça que tem o nome do meu pai, Ruy da Cunha Ratto, que também era médico. Isso não me envaidece, só me dá mais forças para o trabalho”, frisou.

Quanto ao uso da profissão como um meio de mercadoria, Ruy é enfático. “Hoje muitos são comerciantes de medicina”, concluiu.

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