MEIO AMBIENTE

Diante de reclamações, Secretaria de Meio Ambiente de Candiota verifica condições do aterro sanitário

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A imagem mostra a operação no aterro de Candiota Foto: Divulgação TP

Na tarde desta quarta-feira (6), a Secretaria de Meio Ambiente de Candiota, por intermédio da coordenadora Cristiane Cechini e agentes fiscais do município, realizou uma visita técnica no aterro sanitário. Motivados pelas reclamações da população, a equipe foi verificar as condições do armazenamento de resíduos e a possibilidade do mau cheiro ser oriundo dali.

Nas redes sociais, há relatos de pessoas com náuseas e dores de cabeça em decorrência do forte odor. De acordo com a coordenadora Cristiane, a avaliação foi de que, aparentemente, não havia nada irregular no local. Conforme publicado em comunicado oficial na sua página do Facebook, a Prefeitura ainda esclareceu a responsabilidade acerca do local. “Mesmo não sendo competência do município de Candiota, toda a nossa equipe de Governo está atenta às demandas ambientais que acontecem e interferem no meio ambiente. Assim que são detectados os problemas, a Prefeitura repassa ao órgão responsável, que é a Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental do Rio Grande do Sul), e a mesma tem a obrigação de fiscalizar, impor multas e exigir da empresa”.

O aterro sanitário de Candiota fica em uma área já minerada da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), de posse da Meioeste Ambiental Ltda. O local recebe o lixo produzido em municípios das regiões da Campanha, Sul e Fronteira Oeste do Estado – entre eles Pelotas, Pinheiro Machado, Bagé, Dom Pedrito, Santana do Livramento e Uruguaiana.

Membros da Secretaria de Meio Ambiente realizaram visita técnica no local Foto: Divulgação TP

MEIOESTE – Na tarde desta quinta-feira (7), o TP entrou em contato com a empresa e conversou com o responsável pelo sistema operacional do aterro sanitário, Gesiel Silveira. “Ainda na segunda-feira (7), nós também identificamos um mau cheiro na cidade e verificamos que não era do aterro. Era um cheiro forte de enxofre do carvão e podemos facilmente entender o motivo: como a Usina de Candiota, pertencente à Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), se encontra em manutenção e não estão queimando carvão, a empresa está fazendo estoque. Com o depósito grande e a umidade das primeiras horas da manhã, o cheiro fica mais forte mesmo”, explicou.

Conforme contou, a visita da equipe da Secretaria de Meio Ambiente de Candiota foi solicitada pela Meioeste, para que verificasse que o cheiro não era dali. “Tínhamos total conhecimento de que a população ia reclamar, então fizemos a nossa parte de chamar eles. Naquela vinda, puderam constatar que estava sob controle e não havia anormalidade no aterro”.

Buscando um esclarecimento por parte da CGTEE, a reportagem entrou em contato por e-mail, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.

FISCALIZAÇÃO – Questionado sobre as vistorias no local, a Meioeste contou que a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) aparece a qualquer momento. “Eles têm entrada livre em qualquer empresa que fiscalizam, aparecem sem avisar e sem uma periodicidade exata”, relatou Gesiel.

Além disso, qualquer pessoa pode fazer denúncias para o órgão responsável, que providencia os devidos encaminhamentos. A Fepam possui uma ouvidoria no telefone (51) 3288-9400 e através do site www.fepam.rs.gov.br.

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