MAIS DE CINCO DÉCADAS

Direção da CRM afirma que Companhia não tem dívidas e conta com dinheiro em caixa

Presidente Ademir Baretta e diretor financeiro da CRM, João Batista, estiveram na redação do TP falando sobre a Companhia Foto: Silvana Antunes TP

“A saúde financeira da Companhia Riograndense de Mineração (CRM) é saudável”. A afirmação foi do diretor financeiro João Batista Alves Rodrigues, em visita a redação do jornal Tribuna do Pampa nesta semana. Acompanhado do presidente Ademir Baretta, João Batista disse que a situação atual da estatal é bem diferente da anterior. “A CRM estava em uma situação bem ruim de caixa, no vermelho, não tinha dinheiro para pagar funcionários e ainda devia mais de R$ 7 milhões para fornecedores. Começamos um trabalho de recuperação da empresa, sendo necessário muitos cortes, mas conseguimos evoluir e depois de três anos, em 2023, já tínhamos em torno de R$ 50 milhões em caixa. Com a chegada do diretor Baretta houve mais um impulso e hoje estamos com cento e poucos milhões em caixa. Nossa situação financeira é saudável, não devemos nada para ninguém, para nenhum fornecedor, estamos com tudo pago, contas em dia”, relatou o diretor, acrescentando que não há nenhum passivo trabalhista que possa causar algum problema, fizemos acertos com o Sindicato dos Mineiros e nos livramos de passivos.

O presidente Baretta completou relatando que metade do 13º salário de 2024 foi antecipado para janeiro. “As pessoas saem para férias, gastam o que tem, o que não tem, voltam, não têm dinheiro para a retomada do ano letivo, não conseguem comprar caderno para as crianças, e por isso em janeiro nós pagamos 50% do décimo terceiro. Durante o evento que ocorrerá em Porto Alegre a secretária Marjorie deverá fazer o anúncio também agora da antecipação da segunda parcela do 13º. Tudo isso é devido ao momento econômico que nós estamos vivenciando. Não existe mágica, existe gestão. Contratamos uma empresa de consultoria que nos mostrou algumas questões que precisavam ser ajustadas para alavancarmos a questão financeira. Inclusive a partir daí, desativamos a frota e ampliamos a terceirização, reduzindo também horas extras não trabalhadas. Assim, diminuirmos o custo e aumentamos a produtividade”, explicou.

FUTURO DA CRM

Atualmente o único cliente da CRM é a Âmbar Energia, proprietária da Usina de Candiota. Em 31 de dezembro de 2024 encerra o contrato de comercialização de energia da Fase C da Usina e questionado qual o sentimento da direção da Companhia com relação a data, há pouco mais de dois meses, o presidente Ademir Baretta fala em preocupação, mas que a CRM está pronta para fornecer o carvão necessário à Usina de Candiota. “Estamos preocupados. O relator da lei era o senador Paulo Paim, e com as enchentes ele renunciou a relatoria, o processo parou. Acreditamos que essa lei volte ao Senado, que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) faça o chamamento para a compra de energia térmica de reserva; que a âmbar participe para posterior a isso possamos negociar a venda e carvão. Já temos tratativas iniciais com a Âmbar que disse sim a compra de carvão, mas que primeiro precisa ser garantida a venda da energia para posteriormente produzir essa energia. A lei que está no Senado vai definir o cenário da Âmbar e da CRM, que acredito que será resolvido até fim de novembro para que os próximos gatilhos possam ser acionados como o leilão e a compra. Mas estamos prontos e com condições de fornecer carvão”, afirmou.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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