Políticos e empresários envolvidos no escândalo da Petrobras estão tentando sabotar as investigações da Lava-Jato. Os olhos de corruptos e corruptores estão voltados para o STF no dia 5 de outubro, quando a corte deverá liberar sobre o assunto polêmico: se os réus condenados em segunda instância continuarão indo para a prisão depois das acusações com provas irrefutáveis de seus crimes.
Essa decisão do STF mostra a prisão com o nome de figurões como o ex-presidente Lula. É por isso que 5 de outubro é considerado o dia D para Lava-Jato. Livres da ameaça de prisão anunciada agora à condenação em segunda instância, alguns investigados comentam que podem suspender sua delação. Os advogados contam com uma alternativa: de eleger o Supremo Tribunal Federal de Justiça como última instância para a execução penal.
O tempo médio de julgamento de uma ação no STF é de quase cinco anos. Ou seja, seriam ao menos cinco anos de liberdade garantindo para os corruptos e corruptores. Diga-se, os advogados estão otimistas. E as prisões só serão feitas em anos. Muitos anos, talvez décadas inclusive. Gilmar Mendes afirma que não vai mudar o seu voto. Voltar atrás nesse caso deixará sequelas irremediáveis na Lava-Jato, além de mostrar a dimensão e o poder de alcance de algumas mãos. Precisa saber agora se essas mãos são limpas ou se estão comprometidas com os integrantes das mãos sujas.