As notícias de jornais sobre Eduardo Cunha não param de noticiar sobre a cassação do parlamentar. Não obstante, Cunha foi preso em Brasília. O pedido de prisão preventiva do ex-presidente da Câmara dos Deputados foi emitido pelo juiz Sérgio Moro, que conduz as investigações da Lava Jato, na primeira instância. A Polícia Federal confirmou a prisão preventiva e informou que Cunha estava sendo levado para Curitiba, onde estão sendo conduzidas as investigações.
Chegou à capital do Paraná no final da tarde de ontem. Entre os argumentos utilizados para justificar o pedido de prisão de Cunha, a força-tarefa de procuradores da Lava Jato afirmou que a liberdade do ex-deputado representava risco às investigações. Segundo a acusação, “há evidências” de que existem contas pertencentes a Cunha no exterior que ainda não foram, identificadas, fato que coloca em risco as investigações. Além disso, os procuradores ressaltaram que Cunha tem dupla nacionalidade (brasileira e italiana) e pode fugir do país sem medo de prisão.
“Enquanto não houver rastreamento completo do dinheiro roubado e a total identificação de sua localização atual, há risco de dissipação do produto do crime, o que inviabilizará a sua recuperação. Enquanto não for afastado o risco de dissipação do produto do crime, presente igualmente um risco maior de fuga ao exterior, uma vez que o acusado poderia se valer de recursos ilícitos ali mantidos para facilitar fuga e refúgio no exterior”, disse Moro na decisão. A prisão foi decretada na ação penal em que o deputado cassado é acusado de receber R$ 5 milhões, que foram depositados em contas não declaradas na Suíça. O valor seria oriundo de vantagens indevidas, obtidas com a compra de um campo de petróleo pela Petrobras em Benin, na África.
O processo foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal, mas após a cassação do ex-deputado, a ação foi enviada para o juiz Sérgio Moro porque Cunha perdeu o foro privilegiado. No falso pressuposto de respeito à liberdade individual, formam-se indivíduos desajustados no convívio social, insatisfeitos em relação a si mesmo e ao meio em que vivem. Em nome da evolução dos usos e costumes, pregam a dissolução dos mesmos.