ELEIÇÕES 2022

Educação e mulher são bandeiras da pré-candidata a deputada estadual Adriana Lara

Pré-candidata liberal também defende a extração do carvão mineral com responsabilidade ambiental

Ex-secretária de Educação de Bagé, Adriana Lara, visitou o TP Foto: Silvana Antunes TP

No fim da semana passada, a ex-secretária de Educação de Bagé, Adriana Lara (PL), visitou o Tribuna do Pampa para falar sobre sua pré-candidatura a deputada estadual do Rio Grande do Sul. Professora há 32 anos e militante na política há 25, com mandatos ou trabalhos pelos bastidores, ela diz vivenciar um momento de bastante maturidade. “Sempre estive ligada a trabalhos nas áreas de assistência social e educação. Tenho 53 anos, três filhos, três netos, já estou me aposentando da Prefeitura de Bagé, mas com o sentimento de que tenho ainda muito mais para cumprir e fazer pela minha região e Estado. Estou em um momento de muita tranquilidade, feliz porque estou vendo que a minha pré-candidatura está movendo muitas pessoas que estão vendo a força da mulher e a importância da mulher na política. Tenho recebido muitas mensagens de apoio, o que é muito gratificante pra mim. Gratidão a todos que tem nos recebido nesta caminhada”, explanou.

Questionada pelo jornal sobre a colocação do nome à disposição, Adriana Lara recorda do nome lançado, em 2021, como pré-candidata a deputada federal, fazendo dobradinha com o irmão Luís Augusto Lara como estadual, porém com a impossibilidade do irmão, mudou a posição. “Com o advento que aconteceu com meu irmão, uma injustiça, quem acompanhou todo processo sabe que ele não teve nenhum tipo de crime de improbidade, que foi uma decisão política do Supremo Tribunal Federal (STF) contra ele por conta da briga do PTB na época com o Supremo e aconteceu uma perseguição política. Em razão disso, mudei de posição pra vir a estadual, pois também poderei contribuir, além de garantir a cadeira do Lara na Assembleia Legislativa, que pra nós é muito importante”, explicou.

A pré-canditada disse que a política é o instrumento usado para servir a população e relatou estar visitando cidades onde o irmão Luís Augusto tem respeito e prestígio. “O Lara é atuante há 26 anos na região, pois não é deputado de época de eleição, ele sempre ajudou as pessoas durante todo seu mandato. É um trabalho que se consolida pela permanência de estar atendendo as pessoas e entendemos que recuperar essa cadeira que foi tirada do Lara injustamente é questão de honra e justiça”.

TROCA DE PARTIDO – Recentemente, Adriana Lara deixou o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e se filiou ao Partido Liberal (PL), partido atual do presidente da República, Jair Bolsonaro. Solicitada a falar sobre os motivos que a levaram a deixar de ser petebista para ser liberal, a ex-secretária citou a instabilidade do partido e alinhamento de pensamentos. “Hoje não há presidente nacional do PTB. Houve um problema que atingiu os estados e municípios. Dos cinco deputados estaduais só um ficou no partido, tamanho o desconforto da briga nacional, gerando insegurança e inconstância. Em Bagé, por exemplo, éramos um partido forte, mas a instabilidade fez com que muitas pessoas deixassem o partido, inclusive pessoas ligadas a fundação do PTB Bagé. Tenho muitos amigos no PTB, mas escolhi o PL, um partido que tem um alinhamento com meu pensamento, meu trabalho. Onyx foi um ministro que me ajudou a renovar toda frota escolar de Bagé, ajudou com as escolas cívico-militares. Escolhi o PL também pela força política que preciso, que minha região precisa e que é compatível com minhas idéias”, argumentou.

BANDEIRAS – Adriana Lara citou suas principais bandeiras defendidas em prol de uma cadeira na Assembleia Legislativa – educação e defesa da mulher. “Além de seguir o legado do Lara, minhas bandeiras são muito fortes em defesa das mulheres e crianças. Na educação, fui por cinco anos secretária, onde conseguimos os melhores resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A educação pública tem que ser de qualidade para todos e não privilégio de quem tem condições de pagar uma escola particular. Outro trabalho é relacionado às mulheres. Temos, hoje, mais de 40% chefes de família e precisamos ter políticas públicas para atender estas mulheres. Temos que ter políticas voltadas ao empreendedorismo e contra a violência já temos, mas precisam ser melhoradas. Educação é nossa base, mas não vou descuidar das mulheres. Em Bagé, abri no centro da cidade um centro que atende 350 crianças, sendo muitos filhos de trabalhadoras do comércio, de diaristas. Na periferia foram mais 500 novas vagas na educação infantil. Ter vagas para a criança na creche e escola infantil é fundamental para toda família”, explanou.

CÍVICO-MILITARES – Ainda no ramo da educação, a pré-candidata falou sobre a conquista de três escolas cívico-militares em Bagé, causando 100% de assiduidade entre os alunos e 98% de aprovação. “Fruto de muito trabalho, persistência do prefeito de Bagé Divaldo Lara, o ministro Onyx Lorenzoni e o presidente Jair Bolsonaro. Essa força política é bom pra Bagé e região, pois nossa comunidade ganha. Tivemos 0% de evasão, o que indica que esta escola é diferente, que os alunos não saem, os pais não tiram e os alunos não desistem. Todos estamos e passagem nos cargos públicos que ocupamos e quando tu deixa um legado como este para tua comunidade, é a melhor lembrança, quando o olho brilha, que tu pensa ter feito coisas bacanas”, destacou.

CARVÃO MINERAL – O jornal questionou a pré-candidata acerca de seu posicionamento frente ao carvão mineral, importante riqueza não só para Candiota, mas para a região. Adriana Lara afirmou ser a favor do desenvolvimento com a responsabilidade ambiental. “Candiota tem um dos instrumentos e proteção ambiental dos mais modernos do mundo. Estava com o prefeito Luis Carlos Folador em Brasília, juntamente com o prefeito Divaldo e o presidente Bolsonaro quando foi entregue o projeto de implantação da Nova Seival, grandioso, não só com extração de carvão, mas de aproveitamento do substrato e tudo que pode ser produzido através do carvão. Vivemos um grande problema de energia elétrica, com aumento de taxas em função da crise hídrica. Imagina se não tivéssemos atualmente o amparo das usinas de Candiota a carvão, teríamos um colapso grandioso. Portanto, defendo o carvão mineral assim como o fosfato em Lavras do Sul, pois gera desenvolvimento, renda, torna a cidade pujante”, afirmou.
Por fim, Adriana Lara diz estar otimista e a vontade para buscar uma cadeira do Legislativo gaúcho. “Hoje, minha fala condiz com minha prática. Já mostrei na prática o que prego como pré-candidata. No período que Deus permitiu que eu estivesse à frente de um cargo público, sempre trabalho muito para entregar resultados para a minha comunidade. Há consonância do que falo com o que pratico. Isso me deixa mais a vontade, pois não estou prometendo algo que já não tenha vivenciado em minha prática”, concluiu.

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

 

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