A Âmbar Energia, do grupo J&F, assinou no início desta semana, novos acordos para a aquisição do portfólio de usinas termoelétricas da Eletrobras. Vale lembrar, que a empresa adquiriu em 2023 a Usina de Candiota (350 MW), que pertencia à subsidiária da Eletrobras, CGT Eletrosul. O negócio de agora, envolve a aquisição de 12 usinas a gás natural em operação e um projeto para implantação de uma usina termoelétrica, também a gás natural, em Manaus (AM).
Somadas, as 13 unidades possuem capacidade instalada de 2,1 gigawatts (GW) de energia, o que amplia o portfólio da Âmbar para 4,6 GW. A transação tem o valor de até R$ 4,7 bilhões, sendo R$ 1,2 bilhão em earn-out (mecanismo de contrato utilizado em fusões e aquisições de empresas e corresponde a parte do pagamento que é concluído ao longo do tempo, mediante o cumprimento das metas de desempenho previstas nas cláusulas).
Atualmente, a Âmbar possui 27 usinas de geração de energia de diferentes fontes. São cinco usinas termoelétricas (uma delas, como dito, é a de Candiota), 16 hidros, cinco fotovoltaicas (solar) e uma a biogás, além de 102 micro-usinas fotovoltaicas rooftop (em telhados).
AS NOVAS USINAS
As 12 novas unidades de geração estão localizadas no estado do Amazonas e possuem uma importância fundamental no abastecimento da região. Já a usina de Santa Cruz está localizada no estado do Rio de Janeiro, um dos maiores centros consumidores de energia do Brasil. A entrada nesses dois novos estados colabora para a diversificação geográfica da Âmbar. “Este negócio reflete nosso comprometimento com o crescimento e o desenvolvimento das empresas, das pessoas e da economia dos estados e do Brasil, contribuindo para a segurança energética do país”, declara o presidente da Âmbar Energia, Marcelo Zanatta.
Por sua vez, a Eletrobras destacou que o negócio reflete seu compromisso de mitigar riscos operacionais e financeiros, avançar na otimização de seu portfólio e alocação de capital, além de acelerar o atingimento de sua meta de zerar a emissão de carbono, com o programa ‘net zero 2030’.
“Desta forma, a Eletrobras abre caminho para recuperação destes créditos, hoje considerados inexequíveis (100% provisionados no balanço da companhia)”, disse a empresa, em nota.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*