Conforme comunicado pelo governador Eduardo Leite, a partir desta quinta-feira (9), os municípios do Rio Grande do Sul passam a ter autonomia sobre o funcionamento de restaurantes, lancheiras, salões de beleza/barbearias e lojas de chocolates. Apesar da flexibilização, o novo decreto mantém a proibição de abertura do comércio em geral. Apenas nesses setores os prefeitos estão autorizados a liberar o funcionamento.
Durante o anúncio, em transmissão ao vivo pelo Facebook, o governador lembrou da importância de manter as regras de higiene e prevenção para evitar a disseminação do coronavírus. “Essas situações estavam vedadas e continuam vedadas, a não ser que o prefeito, observando a situação do seu município, disponha em contrário pela abertura desses estabelecimentos. Importante ressaltar a parceria do Ministério Público para garantir cumprimento das regras, especialmente nesses casos, exigindo a observância às medidas de higiene, uso de equipamento de proteção para os funcionários que atendem o público e a distância mínima de dois metros entre os clientes”, disse Leite.
O jornal entrou em contato com os municípios da região para verificar uma possível flexibilização do comércio. Até a divulgação deste conteúdo, somente o Executivo de Hulha Negra não havia retornado.
BAGÉ – Na Rainha da Fronteira, apesar dos 27 pacientes que testaram positivo para a Covid-19, o prefeito Divaldo Lara confirmou a flexibilização em transmissão ao vivo pelo Facebook na noite desta quinta-feira (9). Com isso, lancherias, restaurantes e lojas que atuam no comércio de chocolates poderão abrir suas portas, de forma gradativa. “Foi e será uma liberação gradativa do comércio”, disse o gestor.
Durante sua fala, o prefeito também lembrou da responsabilidade dos estabelecimentos comerciais em primar pela saúde dos clientes, bem como da população em geral, e manter os cuidados de higiene e demais orientações para não disseminar o coronavírus. “Estamos desde o dia 19 de março com as medidas restritivas e sabemos o quanto é importante que o comércio local possa retomar suas atividades, mas isso vai ser feito aos poucos, lembrando sempre que a saúde das pessoas vem em primeiro lugar”, afirmou Divaldo.
CANDIOTA – Na Capital do Carvão, o prefeito Adriano dos Santos disse que o decreto já foi adaptado com as flexibilizações do Estado e a exceção permanece aos domingos para que todos os estabelecimentos comerciais permaneçam fechados.
Desde então, restaurantes, lanchonetes e lancherias, estabelecimentos que prestam serviços de higiene pessoal (barbeiros, cabeleireiros, etc), estabelecimentos dedicados exclusivamente ao comércio de chocolate e/ou gêneros alimentícios estão liberados. Para isso, deve ser levado em conta as seguintes orientações: os bares somente poderão funcionar com atendimento por tele entrega e retirada de alimentos, sendo extremamente proibido a abertura ao público, bem como a formação de fila de pessoas ou qualquer tipo de aglomeração; serviços de higiene pessoal devem ser prestados obrigatoriamente: com equipes reduzidas, número de clientes simultâneos restritos, obedecendo o distanciamento de 2 metros, não exceder a lotação das salas de espera a 30% da capacidade máxima prevista no alvará de funcionamento; fica vedado aos estabelecimentos dedicados ao comércio de chocolate e outros gêneros alimentícios, se aproveitar da autorização e comercializar outros itens como de bazar, papelaria, decoração, entre outros.
PEDRAS ALTAS – Para a reportagem, o prefeito Bebeto Perdomo disse que até a próxima segunda-feira (13) as medidas do decreto vigente seguem valendo, ou seja, os comércios liberados para funcionar – segundo o governo do Estado – devem permanecer fechados em Pedras Altas.
Somente no retorno das atividades após o feriadão de Páscoa, o gestor irá se reunir com a equipe para estudar a viabilidade de novas decisões.
PINHEIRO MACHADO – Sobre o assunto, o prefeito Zé Antônio disse que uma reunião com o Comitê de Crise já está marcada para a segunda-feira (13) e que até lá continuam as mesmas decisões do último decreto.
Na oportunidade, ele disse que todas as medidas têm sido tomadas a partir de pareceres técnicos da área da saúde e ainda falou sobre mais uma mudança na regra por parte do governo do Estado. “Este tem sido o grande problema desse nosso enfrentamento: todos os dias ficam criando situações, modificando os decretos e sempre acaba sobrando para nós”, disse.