DATA COMEMORATIVA

Enfermeiras da região falam sobre o amor e desafios da profissão

“O gosto pelo cuidado”.  É com a frase de uma das enfermeiras entrevistadas, que começamos a escrita da matéria desta edição. O mês de maio é voltado aos profissionais da enfermagem, seja técnico, auxiliar ou enfermeiro. Pensando nisto, o TP conversou com atuantes da área nos municípios de Candiota, Hulha Negra, Pedras Altas e Pinheiro Machado, para saber sobre o motivo da escolha de cada uma e momentos marcantes vivenciados por elas.

Larissa Beck Duarte Foto: Divulgação TP

CANDIOTA – No município conversamos com a enfermeira Larissa Beck Duarte, 25 anos, que se formou na profissão em 2022 e atua com amor e dedicação no Pronto Atendimento.
Ao falar sobre a decisão em trabalhar na área da saúde, Larissa afirmou que a vontade surgiu quando ainda era criança. “Sempre tive o gosto pelo cuidado”, destacou a enfermeira, que entrou para a área da saúde em 2016, quando cursou medicina por um ano. Mesmo com todas as dificuldades que a carreira apresenta, a candiotense afirma que não trocaria por nada.
Em relação aos momentos difíceis, Larissa elencou a perda de pacientes como algo marcante, principalmente na época da pandemia da Covid-19. “As histórias, queixas e medos sempre ficam guardados no pensamento. Será que aquele paciente melhorou? Mas costumo sempre me firmar nas melhoras, e em ver o paciente novamente um dia”, assinalou.  Ao finalizar, a profissional pediu mais valorização da classe, e parabenizou os colegas pela semana da enfermagem. “Somos fortes e guerreiros”, concluiu.

Marina Scheer dos Santos Foto: Divulgação TP

PINHEIRO MACHADO – Marina Scheer dos Santos, 35 anos, é formada desde 2010 e afirmou ter decidido sua carreira profissional quando estava cursando o último ano do ensino médio. Ao garantir que já teve dúvidas sobre o caminho que queria seguir, a enfermeira citou que nos dias atuais não pensa mais na mudança da carreira.
“A profissão exige muita responsabilidade, e se pensarmos na valorização e no salário, tenho dúvidas se estou no caminho certo”, contou Marina, elegendo o período pandêmico como o mais difícil já enfrentado.  “Graças à vacinação estamos aqui para contar história, que com certeza daria um livro”, citou Marina.
Após encarar novos desafios, em 2019 a enfermeira aceitou mais um, atuar na Secretaria de Saúde de Pinheiro Machado à frente da Vigilância em Saúde. “Foi um novo desafio, mas com o apoio dos colegas nosso trabalho em equipe foi realizado”, finalizou.

Lucelia Boetege Foto: Divulgação TP

PEDRAS ALTAS – Na Cidade do Castelo, a reportagem conversou com a técnica de enfermagem Lucelia Boetege, formada em 2007, com 25 anos de idade. Ao falar sobre a escolha da profissão, Lucelia contou que sua decisão foi em 2004, quando sua sogra passou por um problema de saúde e precisou de sua ajuda no hospital.
Mesmo com os desafios encarados diariamente, a profissional disse que jamais trocaria sua profissão. “Amo o que faço e me sinto realizada profissionalmente, sempre trato o outro como gostaria de ser tratada”, afirmou. Na trajetória dos estudos, a sogra de Lucelia foi a inspiração e o incentivo da nora, mas infelizmente não conseguiu acompanhar sua conquista como planejou. “O momento mais difícil foi quando perdi minha sogra, eu ainda estava estudando e me senti impotente diante da situação. Em homenagem a ela, me formei e sou muito feliz com a minha escolha”, contou emocionada. “Que tenhamos mais empatia”, finalizou.

Emanueli Freitas Lopes Foto: Divulgação TP

HULHA NEGRA – A técnica de enfermagem Emanueli Freitas Lopes, 34 anos, atua na zona rural do município de Hulha Negra na equipe de Estratégia da Saúde da Família (ESF). Sua decisão veio quando tinha apenas 12 anos, ao presenciar as diversas idas e vindas do seu avô ao hospital.
Em 2012, sua vontade foi concretizada, e então, Emanueli pôde cuidar das pessoas com a mesma dedicação, amor e cuidado que seu querido avô recebeu das técnicas e enfermeiras quando precisou. Nos desafios de sua carreira profissional, o período de estágio foi mencionado como o mais difícil. “Estagiar na ala pediátrica foi um desafio, pois muitas crianças não sabem expressar o local da dor ou o que estão sentindo”, disse.
Como toda profissão, a área da enfermagem também possui momentos gratificantes. A exemplo disso, Emanueli relembrou uma situação marcante que viveu, quando prestou os primeiros socorros a um paciente que estava com sintomas de infarto, e precisou ficar internado durante 30 dias. “O médico que acompanhou ele nesse período, informou que o primeiro atendimento recebido foi o que salvou a sua vida”, relembrou.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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