TRÂNSITO

Estado registra mais de 23 mil acidentes com vítimas fatais nos últimos 13 anos

Na região do TP, em 2020, há o registro no site do Detran, de 17 acidentes

O cuidado com o trânsito é algo constante na vida de toda a população a fim de evitar que acidentes aconteçam, vidas sejam perdidas, sonhos sejam interrompidos. Infelizmente, as es­tatísticas ainda mostram um grande número de mortes no trânsito, ocasionadas por diversos fatores.

O Tribuna do Pampa fez uma pesquisa no site do Departa­mento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran RS). De 2007 a 2020, foram contabilizados 23.165 acidentes com vítimas fatais no Es­tado, sendo o ano de maior registro o 2010, com 1.949 (ver tabela). Há uma redução no número de regis­tros de 2019 para 2020 (primeiro ano de pandemia de Covid-19 onde viagens foram canceladas e a rotina de uma grande parcela de trabalhadores foi alterada), reduzindo de 1.470 registros para 1.336. Os dados levaram um total de 25.905 vítimas fatais no período 2007/2020 e por consequência, o ano de 2010 apresentou o maior número de mortes, chegando a 2.194. Assim como nos acidentes, houve uma redução no número de vítimas de 2.019 para o primeiro ano de pandemia (2020), reduzindo de 1.616 para 1.462.

2020 No ano passado, foram registrados no Estado 1.336 aci­dentes fatais, sendo 447 (33,5%) ocasionados por colisão e 253 (18,9%) por atropelamentos. Esti­veram envolvidos 2.231 veículos, sendo 792 automóveis (35,5%) e 493 motocicletas (22,1%). Em de­corrência, 1462 pessoas perderam a vida, sendo 408 motociclistas (27,9%) e 374 condutores de veí­culos (25,6%).

A análise mostra que o maior número de acidentes fatais foram registrados aos sábados 267 – 20%) e à noite (481 – 36%). Quanto às vítimas fatais, foram 288 vítimas fatais (19,7%), também em acidentes noturnos (528 – 36,1%).

Os dados também mos­tram que o maior registro de aci­dentes ocorreu em vias municipais (5.115 – 38,5%), seguido por vias estaduais e por último, nas rodovias federais.

Os homens foram a maio­ria nas vítimas fatais, sendo 1.212, ao contrário das mulheres que chegaram a 248 registros. Quanto ao sexo, também se percebe que nos acidentes com vítimas fatais, foram 381 motociclistas homens e 99 mulheres como passageiras.

MUNICÍPIOS O TP também pes­quisou os dados no site do Detran dos cinco municípios da região. Hulha Negra não teve registros de acidentes com vítimas fatais em 2020. Em Pedras Altas foi um em rodovia estadual com uma vítima; Pinheiro Machado – dois acidentes em rodovia federal e três vítimas; Candiota contabilizou dois aci­dentes e duas vítimas; Em Bagé foram 12 registros, sendo nove em rodovia municipal (ruas da sede), dois em rodovia federal e um em estadual, contabilizando também 12 vítimas.

 Dados 2021

Pelo site é possível também visualizar dados parciais de 2021 re­lativos aos três primeiros meses do ano. Até março, foram 303 acidentes fatais no Estado, sendo destes, 119 (39,3%) por colisão e 54 (17,8%) por atropelamento. Quanto aos veículos, foram 526 envolvidos, sendo destes, 187 (35,6%) automóveis e 129 (24,5%) motos. Vítimas fatais foram 328 até março, estando os motociclistas em primeiro lugar nos registros, com 101 (30,8%) dos casos e em segundo, condutores, sendo 91 casos (27,7%). O maior número de registros também aconteceu aos sábados (70 – 21,3%), no período noturno (121 – 36,9%).

Na região de cobertura impressa do TP, compreendendo os muni­cípios de Bagé, Candiota, Hulha Negra, Pedras Altas e Pinheiro Machado, foram registrados nos três primeiros meses do ano apenas duas vítimas fatais em decorrência de acidentes de trânsito.

O Detran expõe registros dos tráfegos relativos a vias municipais, estaduais e federais, porém uma grande preocupação é relativa as rodovias federais, que geralmente possuem um limite de velocidade mais alto e os acidentes são, em sua grande maioria, de gravidade alta.

Em razão disso, a reportagem do Tribuna do Pampa conversou com o inspetor Emerson Roberto Muniz da Silva, chefe da 11ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal do Rio Grande do Sul, localizada em Santana do Livramento, mas que compreende um trecho de 750 km de rodovias em 11 municípios: Quaraí, Santana do Livramento, Rosário do Sul, Cace­qui, São Gabriel, Dom Pedrito, Bagé, Aceguá, Hulha Negra, Candiota e Pinheiro Machado. Na oportunidade, o inspetor Roberto Muniz fez uma avaliação sobre a região da 11ª Delegacia e passou orientações para uma viagem segura.

“Somos o segundo maior trecho do estado e neste ano estamos conseguindo manter os índices de óbitos baixos, dentro da média histórica que está em 10 óbitos por ano. Estamos na metade do ano com cinco re­gistros o que nos deixa dentro da normalidade, apesar de dados estaduais apontarem um aumento considerável no número de acidentes e mortes”, avaliou o inspetor.

 

 Orientações para uma viagem segura

Uso do celular ao dirigir é um dos grandes causadores de acidentes Foto: Divulgação TP

– Respeitar os limites de velocidade, manter distância de segurança em relação aos demais veículos, ultrapassar apenas quando houver plenas condições de segurança, evitar dirigir com sonolência e não utilizar o telefo­ne celular. Se possível, viaje enquanto houver luz natural e estude antecipadamente o cami­nho a ser percorrido. Estas são algumas das principais orientações da Polícia Rodoviária Federal para reduzir o risco de acidentes.

– A PRF também orienta os usuários de rodovias, mesmo antes de viagens curtas, a fazer a revisão preventiva do veículo, in­cluindo a checagem dos pneus, do sistema de iluminação, dos equipamentos obrigatórios, do nível do óleo e do radiador, entre outros itens.

– O uso do cinto de segurança, do capa­cete para os motociclistas e dos demais equipamentos de segurança são importantes para evitar ou reduzir lesões em caso de acidente.

– É importante que o motorista dirija descansado e sem estar sob efeito de álcool ou drogas.

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