ATUAÇÃO PARLAMENTAR

Estiagem foi um dos temas principais na primeira sessão da Câmara de Hulha Negra

Além da estiagem, a Educação também esteve em pauta na primeira sessão Foto: Reprodução Internet/ TP

Na última quinta-feira, (2), a Câmara de vereadores e vereadoras de Hulha Negra, realizou a primeira sessão ordinária do ano. Entre os assuntos discutidos, a estiagem e a educação foram os mais citados pelos presentes, na reunião conduzida pelo vereador Luiz Gustavo Dias, o Baixinho (PP), atual presidente da Casa.

O primeiro a fazer o uso da palavra no espaço das explicações pessoais foi o vereador Hugo Teixeira (PT), que debateu sobre a estiagem que se estende por toda a região. Hugo citou que está sendo cobrado pela população, destacando que a seca está sendo severa, principalmente com os produtores rurais. “Nós temos um projeto do Executivo que passou por essa Casa no valor de R$1 milhão para iluminação púbica, do caixa livre da Prefeitura. E o que o Executivo apresentou até o dia de hoje para sanar ou para ajudar os agricultores que estão sofrendo com a seca? Até agora nada. Só estão distribuindo água, mal e porcamente”, disse.

A vereadora Tanira Martins (PTB), disse que no dia que a secretária de Agropecuária esteve na Câmara para falar sobre as ações que o Executivo iria realizar referente a estiagem, deixou bem claro que após a reunião com o Consórcio Municipal de Desenvolvimento Rural (Comder), abririam as inscrições para a limpeza de açudes, disponibilizando o trabalho da máquina por três horas. “Eu acredito que agora que se passou a reunião, as inscrições já estejam abertas na Secretaria, para que se faça este trabalho. E agora entra a nossa parte, que é fiscalizar”, esclareceu.

Já o vereador, Getúlio Porto (PDT), disse que os agricultores de todo o Estado estão na mesma situação, e que poucos governos municipais estão tomando atitudes. “Estou vendo poucas ações dos prefeitos do Estado em todos os municípios, e não só aqui. A nossa luta é constante, e não é fácil, mas precisa ser feito”, falou. Porto ainda disse que teve verbas para a construção de cisternas no município, e o prefeito da época mandou devolver o dinheiro que ultrapassava R$1 milhão. Além disso, destacou que a cisterna poderia ajudar entre um ou dois meses nesta situação.

Volnei Manfron (PT) deu a sua opinião sobre o assunto, e disse que o Executivo precisa fazer uma força-tarefa nesse momento, para amenizar os efeitos da estiagem. “Se o Executivo não pode colocar aquele montante que as pessoas estão esperando, que pelo menos tenha uma proposta. Acho que agora é hora de salvar a agricultura, e festividade agora tem que cancelar. Que festa iremos fazer agora com estiagem?”, questionou o vereador, dizendo que não há problema em festejar o aniversário de emancipação do município, desde que não saia do recurso público.

O presidente da Câmara, Luiz Gustavo, afirmou que a bacia leiteira decaiu nos últimos meses. “O gado está tomando uma água suja, e em muitos lugares nem água tem mais”, lamentou. O vereador ainda sugeriu uma parceria com empresas que transportam leite, para levar água aos produtores rurais. “Dois caminhões não vão dar vencimento. É muita gente sem água”, afirmou.

Jorge Coelho, o Coruja (PDT), disse que só lembram de comprar caixa d’água quando falta água. Se referindo a uma pessoa que citou o ocorrido em Candiota, onde a população ficou sem abastecimento após o incêndio que atingiu a tomada d’água do município. “Eu acho que a Janice tinha prometido que entre uma ou duas semanas, ia ter dois caminhões lá embaixo colocando água. E nós ficamos muito contentes que ela está cumprindo com a palavra”, afirmou o vereador.

Já Diego Rodrigues do (PP), destacou que a pessoa que ocupa um cargo público e não se sensibiliza com o próximo, deveria abandonar o seu posto por não merecer estar ali. “Encontramos pessoas chorando com a seca, por não ter o que comer. O mínimo do Executivo é investir na agricultura do nosso município, pois são eles que estão nos dando o retorno da máquina pública”, enfatizou.

EDUCAÇÃO – Outro assunto que marcou a sessão foi em relação à Educação do município, onde há uma decisão do governo em encerrar um turno da escola rural Nova Esperança. Os vereadores se pronunciaram sobre o assunto de forma contrária, sendo que aprovaram um requerimento para a secretária Adriana Delbary ir até a Câmara e falar sobre o assunto.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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