DIA DAS MÃES

“Eu precisava da Antônia, ela chegou para que eu pudesse evoluir e entender mais sobre o amor”, diz Amanda Mieres

Amanda Mieres junto a pequena Antônia Foto: Adriana Fotografias/Especial TP

Neste domingo (8) se comemora uma importante data, o Dia das Mães, que homenageia anualmente a figura familiar materna, a mãe e a maternidade. A data de comemoração varia de acordo com o país, no Brasil, ocorre no segundo domingo do mês de maio.

Além do sentimento envolvido pelo que a figura materna representa na vida das pessoas pelo seu dom e capacidade de gerar uma vida, costuma ser um momento de confraternização e união familiar.

Anualmente, para lembrar a data e desejar um Feliz Dia das Mães a todas as mães assinantes e leitoras do jornal, sejam de sangue ou de coração, o TP costuma contar uma história. Neste ano, conheça a de Amanda Dutra Mieres, 29 anos, e da filha Antônia Dutra, de apenas 8 meses, de Hulha Negra. Com muita sinceridade, Amanda falou das dificuldades e pensamentos de uma grande parte de mulheres nos dias atuais.

A MATERNIDADE – Em entrevista ao TP, Amanda, que é mãe sozinha, contou que a chegada da Antônia aconteceu de forma inesperada. “Quem me conhece sabe que eu dizia que não queria ser mãe e que não teria filhos, mas aconteceu, a Antônia chegou, foi difícil, vinha tratando uma depressão e quando recebi a notícia da gravidez passei por um processo de aceitação”, contou.

A mãe solo da Antônia, que mora com a mãe e o padrasto, falou sobre as dificuldades durante estes oito meses. Questionada pelo jornal, ela contou que o pai da menina não quis assumir a responsabilidade de pai e ela preferiu não causar traumas a filha. “Não tenho problema em falar sobre isso, pelo contrário. Não quero entrar na Justiça para receber um valor ‘x’ e minha filha ser obrigada a ter na vida dela alguém que não quis ela. Dei prioridade a saúde mental dela, ela tem muito amor, muito carinho em nossa volta. Acredito que Deus sabe de todas as coisas”.

Por outro lado ela fala da importância da família e amigos. “Tenho muita ajuda da minha mãe, que está sempre presente e eu não tenho palavras para descrever tudo que isso representa pra mim e para a Antônia. Minhas irmãs de sangue e a de coração também são muito presentes, me ajudam muito. Amigos se afastaram, mas os verdadeiros ficaram mais unidos e é o que importa pra nós”, disse Amanda.

Início da amamentação foi bastante difícil para Amanda, mas hoje ela diz ser o melhor momento Foto: Divulgação TP

Ela também falou acerca da romantização existente ao redor da maternidade. “A maternidade é linda, mas não é fácil. As pessoas romantizam a maternidade, mas ela te faz sentir as melhores e as piores sensações. Tu sente um amor, um carinho, uma admiração e um orgulho inexplicável. Cada passo de desenvolvimento eu choro de emoção e ao mesmo tempo sinto muito medo. Antes sentia medo só por mim, mas agora é por dois”, expõe.

Ela ainda acrescenta um desafio relacionado à maternidade para ela. “Agora começou a introdução alimentar, mas a Antônia ainda mama bastante no peito. De início não foi fácil, eu chorava com esse momento, há muita romantização deste momento que para a mãe não é fácil. Mas agora eu amo nosso momento juntas, que estou alimentando e passando o afeto que ela precisa. Hoje é o melhor momento do meu dia”, relata Amanda.

A mãe da Antônia finaliza sua história dizendo acreditar que cada um tem uma missão para cumprir. “Acredito que eu precisava da Antônia para evoluir como ser humano e entender mais sobre o amor. Tento, às vezes falho, pois ser mãe é uma aprendizagem dia após dia, mas quero dar sempre meu melhor. Quero que ela cresça e seja uma mulher guerreira, forte emocionalmente, independente. A vida exige que nós mulheres sejamos fortes”, desejou.

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

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