EDUCAÇÃO

Famurs busca soluções para conclusão das creches de Hulha Negra e Pinheiro Machado

Você ainda possui 2 notícias no acesso gratuito. Efetue login ou assine para acesso completo.

Há cerca de um ano, área onde deverá ser construída a
creche, em Hulha Negra, estava tomada pelo mato Foto: Arquivo TP

Diversos municípios encontram problemas para concluir as obras de creches do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proin­fância). Para mudar esse cenário, a Federação das Associações dos Municí­pios do Rio Grande do Sul (Famurs), trouxe a Porto Alegre técnicos do Fundo Nacional de Desenvolvi­mento da Educação (FNDE) para tratar diretamente com os municípios.

Entre os dias 17 e 18 de setembro, uma equi­pe especializada do FNDE atendeu na sede da Famurs 34 dos 39 municípios que estão com as obras inacaba­das. Além de buscar soluções para as creches, a iniciativa da Famurs também gera uma economia aos municípios que, por sua vez, não preci­sam enviar uma comitiva até Brasília.

Atualmente, a maior dificuldade dos municípios é aportar recursos para con­clusão das creches, pois o valor repassado pelo FNDE está defasado. Em alguns casos, a obra está ainda no início, como em Barão do Triunfo. “Esta obra está parada desde a gestão pas­sada. Nós vamos, junto com FNDE, estudar as pos­sibilidades de concluir ou cancelar a obra”, apontou o prefeito, Elomar Rocha Kologeski. Sem a institui­ção, pelo menos 60 crianças, de zero a três anos, ficam desatendidas.

Em outros casos, al­guns municípios já recebe­ram a orientação para migrar para construção tradicional. Bossoroca é um deles. De acordo com o secretário de educação e cultura, Everton Boteselle Dutra, e da coor­denadora municipal Tânia Regina Ferreira Marques, a obra já está na fase de execu­ção do radier, mas ainda há problemas com engenharia e assistência técnica. Para eles, a reunião com o FNDE auxiliou na orientação de como avançar no processo licitatório e demais docu­mentações. No caso de Ca­razinho, estudos realizados pela prefeitura apontaram há necessidade de construir a creche em outro bairro da cidade. A solicitação foi aprovada, mas o município terá que suplementar o custo da nova obra.

Durante os dois dias, foram recebidos os muni­cípios de Agudo, Arroio Grande, Barão do Triunfo, Bossoroca, Cachoeira do Sul, Candelária, Canoas, Capão do Leão, Carazinho, Cidreira, Erechim, Esteio, Gravataí, Guaíba, Hulha Negra, Nova Hartz, Osório, Parobé, Pelotas, Pinheiro Machado, Portão, Porto Ale­gre, Rio Pardo, Sananduva, Santa Maria, Santana do Livramento, Santo Ângelo, São Gabriel, São Sepé, Ta­quari, Terra de Areia, Tra­mandaí e Três Cachoeiras.

ENTENDA O Proinfância, instituído pela Resolução nº 6, de 24 de abril de 2007, é uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Edu­cação (PDE) do Ministério da Educação. O programa tem por objetivo garantir o acesso de crianças a creches e escolas, além de melhorar a estrutura física da rede de Educação Infantil.

A estimativa do Proinfância era construir 230 creches no Rio Grande do Sul. Contudo, apenas seis foram entregues. Isso ocorreu porque a MVC, umas das empresas vence­doras da licitação no país, decretou falência. Como a construtora oferecia uma tecnologia inovadora, ou­tras empresas não puderam finalizar os trabalhos. Sem as creches em funcionamento, estima-se que mais de 5 mil crianças deixam de ser atendidas em turno integral. No caso de atendimentos em dois turnos (manhã e tarde), mais de 10 mil crianças são afetadas.

Comentários do Facebook