Neste mês de março, no dia 4, foi comemorado o Dia Mundial da Obesidade, doença que afeta crianças e adultos e já alcança 650 milhões de pessoas no mundo todo, segundo informações da Biblioteca Virtual em Saúde. Para falar sobre a data, nesta edição você leitor irá acompanhar o relato de duas mulheres que passaram pela cirurgia bariátrica, com a esperança de ter mais qualidade de vida e mais saúde.
ALINE BALTEZAN
Aline já conseguiu perder 32 kg após seis meses da cirurgia Foto: Divulgação TP
Passados seis meses desde a realização da cirurgia bariátrica, ou redução de estomago como é mais conhecida, a candiotense e agente de Saúde, Aline Oliveira Baltezan, contou como foi a experiência com o procedimento e o que mudou na sua vida desde o dia 5 de setembro de 2023, quando, segundo ela, nasceu mais uma vez.
Moradora na localidade de Seival, Aline elencou a bariátrica como o dia mais feliz da sua vida, quando ganhou uma segunda chance de viver com qualidade. Em conversa, ela disse que o momento em que sentiu mais necessidade de emagrecer, foi quando já havia tentado perder peso inúmeras vezes, mas todas sem sucesso. “Acredito que a minha vida toda sempre lutei contra a balança, nunca me gostei. Sempre fiz dietas, tomei medicações e fazia de tudo para emagrecer, até que eu conseguia um pouco, mas nunca chegava ao meu objetivo”, contou ela, lembrando que acabava ganhando tudo o que já havia perdido.
Nos últimos meses, Aline contou que já estava desistindo das dietas e de lutar contra a balança, que já havia desistido dela mesma. Foi quando conheceu o médico cirurgião do aparelho digestivo, Omar Layola, e resolveu fazer a cirurgia. “Eu já tinha pressão alta, dores constantes nos joelhos, dores horríveis na coluna e até os simples afazeres de casa me cansavam. Já me encontrava no fundo do poço, não me gostava mais, não queria sair e ir a aniversários e tirar fotos, nem pensar”, relatou. Após a primeira consulta, ela precisou realizar uma bateria de exames e foi encaminhada para a equipe multidisciplinar do profissional, com nutricionista, psicóloga e endócrina, quando passou por inúmeras consultas até receber os laudos e ser liberada para marcar o procedimento.
Ainda, antes de realizar a bariátrica, a agente de Saúde precisou perder cerca de 7 kg, fazer uma reeducação alimentar e incluir exercícios fisicos na rotina. Ao citar os prós do procedimento, ela afirmou que é tudo de bom e o que sempre quis, tendo mais qualidade de vida e mais saúde. Sobre os contras, Aline disse que é apenas ter menos absorção de nutrientes, mas que esse detalhe está sendo tranquilo. “Prefiro tomar minhas vitaminas a tomar remédios para hipertensão, pois, além disso, eu tinha taxas de colesterol e triglicerídeos sempre altas”, contou.
Atualmente, ela já conseguiu eliminar 32 kg, não faz mais uso de medicações para controlar a pressão, tem taxas ótimas e tem uma nova vida. “A bariátrica só fez eu me sentir bem, aconselho que quem estiver passando pelo mesmo problema que eu, não pense duas vezes para fazer. Super indico e faria quantas vezes fosse preciso”, concluiu, agradecendo a Deus, os profissionais que a atendem até hoje, a família e o esposo que sempre esteve do seu lado. Segundo ela, receber apoio e motivação neste momento é muito importante para passar pelo processo.
IRACI DOS SANTOS
Iraci optou pela bariátrica por estar ganhando peso rapidamente e sentir muita dor Foto: Sabrina Monteiro TP
A funcionária pública em Candiota há 29 anos, Iraci dos Santos, realizou a cirurgia em 2012 na cidade de Porto Alegre, quando estava pesando 98 kg. Na época, ela já havia passado por duas cirurgias de coluna e estava convivendo com diversas dores, principalmente nos joelhos.
Em conversa, ela contou que também passou por acompanhamento com uma equipe multidisciplinar e destacou que a questão psicológica é um dos fatores mais importantes para passar pelo processo, pois a cirurgia transforma muito a vida. “Na época eu estava engordando muito, só ganhava peso e só queria comer”, comentou ela, dizendo que não se arrepende e que ganhou mais qualidade de vida ao realizar o procedimento.
Ela também explicou que continua recebendo acompanhando profissional, e que pelo menos uma vez ao ano é importante para quem já realizou a cirurgia. “O importante é entender que a bariátrica não é um milagre, é um método para auxiliar as pessoas a perderem peso mais rápido, mas é preciso manter o acompanhamento com o médico e se cuidar bastante”, disse Iraci, informando que após a cirurgia o máximo de peso que chegou foi em torno de 75 kg, mas atualmente pesa 60.
COMO MELHORAR A ALIMENTAÇÃO
A nutricionista candiotense, Pâmela Porto, deu algumas dicas para quem está acima do peso e quer começar uma alimentação saudável. Ela explicou que o primeiro passo é incluir frutas, verduras e vegetais na alimentação, além de diminuir o consumo do açúcar, salgadinhos, embutidos e beber bastante água. “Também é importante optar por alimentos ligth e zero”.
Ao ser questionada sobre como conseguir se alimentar de forma saudável mesmo na correria diária, Pâmela indicou a organização das refeições, como deixar o que vai consumir pré-pronto, assim, se torna fácil e prático manter a boa alimentação. “Outra dica bem importante para quem deseja perder peso, é fazer atividade física e se possível ter um acompanhamento de um nutricionista para equilibrar as duas coisas”, concluiu.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*
