
Folador e Marcelo foram os últimos entrevistados da série Foto: Reprodução TP
A última entrevista da série Conversa com os eleitos, realizada em transmissão ao vivo pelo jornal Tribuna do Pampa, foi com o prefeito reeleito de Candiota, Luiz Carlos Folador (MDB) e com o vice-prefeito eleito e atual secretário de Obras de Candiota, Marcelo Gregório (PSDB).
Um dos assuntos levantados pelo jornal foi a questão da água, que apresenta problemas quanto ao abastecimento na cidade há vários anos. Relativo a essa pauta, o prefeito reeleito falou sobre o que já foi feito na cidade para melhorar o sistema de abastecimento. “Investimos em torno de R$ 1 milhão para melhorar a qualidade da água, geradores, equipamentos. Antes eram em torno de duas análises da água diárias, hoje são feitas seis. Conquistamos R$ 2 milhões com o deputado Marcio Biolchi, senador Paulo Paim e Incra para que possamos construir uma nova Estação de Tratamento de Água (ETA) no meio rural, com rede de distribuição. Colocamos 300 caixas de água, mas precisamos que a comunidade também compre a sua; compramos um equipamento chamado Geofone (que detecta vazamentos ocultos e subterrâneos, sem a necessidade de quebrar pisos ou paredes), onde pretendemos utilizar para verificar pequenos vazamentos na rede adutora. Com certeza temos alguns lugares em que há vazamentos e por isso há um aumento no volume de água a ser tratado, demandando em mais custo de produto químico e energia”, lembrou Folador.
O gestor afirmou também ser necessário um trabalho direto com a comunidade. “Pretendemos criar um conselho político com partidos da base para debater com a comunidade esse assunto da água. Queremos fazer um governo mais perto da população. Por um lado a população tem o direito de cobrar o serviço de qualidade e por outro lado o poder público deve cobrar o pagamento desse serviço. Nesta questão o poder público ainda é frágil. Com nossa equipe técnica vamos debater um meio para que todos os moradores paguem pelo consumo da sua água, tal qual acontece em Bagé e Pinheiro Machado, por exemplo, que possuem, inclusive, valores bem superiores”, afirmou o prefeito.
Ele, de forma clara, não descarta a instalação de hidrômetros na cidade. “A hidrometria deverá ser uma realidade, pois faz com que haja um maior controle e com que a população pague pelo que ela consumiu, o que é justo, pois há moradores que consomem mais água e pagam o mesmo valor de taxa. Então as possibilidades serão avaliadas, desde a hidrometria, até ser repassada para uma autarquia que ficará responsável por todo gerenciamento”, disse o gestor.
O vice eleito, Marcelo Gregório, completou que o “objetivo é visitar e conhecer outros municípios, que adotaram o sistema de autarquia ou outro sistema para cuidar desse importante serviço para a comunidade. A comunidade adquirir sua caixa de água, é importante, e vejo que está bem maduro na comunidade que somos um município de cerca de 11 mil habitantes e tratamos água para 40 mil pessoas. Alguma coisa está errada. Pode haver deficiência no sistema, vazamentos, mas o que me parece justo, é termos uma água de qualidade e o consumidor pagar por isso, pois em época até de seca, onde decretos eram emitidos pela Prefeitura, víamos pessoas lavando calçadas e carros. É necessário também termos essa conscientização da importância de mudança de hábitos. Claro que poderá ter uma rejeição inicial, mas com o passar do tempo, tudo vai ficar harmônico, precisamos somar esforços para resolvermos definitivamente esse problema”, finalizou Marcelo.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*