QUESTÃO ENERGÉTICA

Lideranças municipais, estaduais e federais debatem a importância da mineração para a região

Seminário reuniu lideranças em Bagé. Prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador, ressaltou a excelência da qualidade do ar em Candiota Foto: J. André TP

O dia 10 de dezembro foi voltado ao debate das riquezas regionais ligadas a mineração. O auditório do Museu Dom Diogo de Souza, de Bagé, sediou o seminário “O futuro da mineração e a mineração para o futuro”, promovido pela Frente Parlamentar da Mineração e do Polo Carboquímico na Região da Campanha e mediado pelo presidente do Sindicato dos Mineiros de Candiota, Hermelindo Ferreira.

O evento, que reuniu participantes de várias cidades da região, teve por objetivo mostrar a importância da extração mineral, bem como os avanços tecnológicos voltados ao cuidado com o meio ambiente. Participaram da mesa principal o prefeito de Candiota Luiz Carlos Folador, o prefeito de Bagé Divaldo Lara, o prefeito de Lavras do Sul Sávio Prestes, a secretária adjunta de geologia, mineração e transformação mineral do Ministério de Minas e Energia, Lilia Mascarenhas Sant’Agostinho, o deputado estadual e presidente da frente parlamentar da mineração e polo carboquímico da Campanha do Rio Grande do Sul, Paparico Bacchi, os deputados federais Afonso Hamm e Ubiratan Sanderson, e o vereador de Candiota Guilherme Barão.

O seminário foi uma realização da Frente Parlamentar da Mineração e Polo Carboquímico da Campanha RS, com organização da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Carvão Mineral, Prefeitura de Candiota, Câmara de Vereadores de Candiota, Sindicato dos Mineiros de Candiota, SIMCA e SINTEC, com apoio da Prefeitura de Bagé, Câmara de Vereadores de Bagé, Prefeitura de Pinheiro Machado, Prefeitura de Hulha Negra e Prefeitura de Aceguá, e considerado um momento histórico na busca de defender a mineração na metade Sul do Estado.

Deputado Paparico Bacchi lidera a Frente Parlamentar da Mineração e do Polo Carboquímico Foto: Silvana Antunes/Especial TP

A abertura oficial do seminário foi feito pelo deputado estadual Paparico Bacchi (PL). Após saudar os presentes, Paparico lembrou que todos que lá estavam representavam milhares de pessoas que aguardam uma solução. Ele também disse ser importante saber onde está e onde se quer chegar. “Nós reagimos. Aqui está a riqueza e sem passar por cima de ninguém, queremos ser tratados com igualdade conforme a riqueza que está em nosso subsolo e não concordar em ser tachados como a região pobre do Estado”.

Na sequência, o prefeito de Bagé, Divaldo Lara (PTB) falou sobre ações relacionadas ao município bageense e disse ser favorável a extração do carvão. “Estamos aqui para dar apoio ao prefeito Folador, em Candiota, ao Sávio em Lavras do Sul com o fosfato. Alguns são contra o carvão. Não temos em solo bageense, mas o carvão está no município vizinho, onde há centenas de famílias que sustentam através dele. Lavras precisa do fosfato e nós do adubo”.

O prefeito de Candiota e presidente do Consórcio Intermunicipal de desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental dos Municípios da bacia do Rio Jaguarão (Cideja), Luiz Carlos Folador afirmou que uma nova história será construída. “Vamos percorrer todos os caminhos necessários e legais para termos novas usinas”. O gestor ressaltou a excelência na qualidade do ar do município e a preservação do meio ambiente. “A qualidade do ar de Candiota está em 15% hoje, excelente. Nós preservamos o meio ambiente, nós preservamos vidas. Geramos 15% da energia para o povo gaúcho e da mesma forma que conquistamos a UTE Pampa Sul iremos conquistas a Nova Seival e a Ouro Negro. Essa caminhada não tem dono, é de todos nós, homens e mulheres de bem”.

Seminário reuniu participantes de diversas cidades da região Foto: Silvana Antunes/Especial TP

O prefeito de Lavras do Sul, Sávio Prestes, e também presidente do Consórcio de Desenvolvimento do Pampa Gaúcho (Codepampa) frisou que não é possível permitir que pessoas sem conhecimento interrompam o desenvolvimento. “Se criou um equívoco em cima da mineração, independente de qual seja. Temos mais de 7 milhões de toneladas de fósforo de qualidade para adubo. Estamos juntos, covarde não entra para a história como dizia Bento Gonçalves. Temos que vencer esta guerra contra o atraso e a ignorância”.

O presidente do Movimento Pró-Carvão de Candiota, o vereador Guilherme Barão, que também representou o Fórum das Águas, lembrou que todos estão convencidos acerca da necessidade de desenvolver, gerar emprego e renda. Ele ainda afirmou que todos os vereadores estão defendendo a união na metade Sul. “estamos dando um grande passo integrando União, Estado e Municípios em prol de um só coletivo, a mineração. Tenho certeza que com esta união venceremos as dificuldades nessa caminhada”.

Presente no evento, o deputado federal Afonso Hamm (Progressistas) e vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Carvão Mineral, disse que o carvão também está em seu DNA por ser de Hulha Negra. O deputado também comentou que há desprezo quanto ao carvão por estar localizado no Sul do Rio Grande do Sul. “Candiota é a Capital Nacional do Carvão, temos grandes potencialidades, duas usinas para serem construídas de baixo impacto ambiental. É bom ver sangue novo, como o Paparico nesta causa, pois a Frente estadual serve para sensibilizar a mineração a carvão. Não podemos esquecer que o tripé da economia e geração de empregos vai além dos limites de Candiota e defender esse tripé é defender as pessoas, os empregos e o desenvolvimento. Ainda sobre o meio ambiente, em Lavras, ninguém é irresponsável em explorar rochas fosfáticas sem cuidar do meio ambiente”.

O deputado federal Ubiratan Sanderson (PSL) disse que há comandos para que não haja pré-conceitos ou amarras em nenhum segmento, incluindo a área de mineração. Ele fircmou compromisso de apoio ao deputado Paparico Bacchi no Congresso Nacional. “Sou soldado de deputado Paparico em prol da questão carbonífera. É importante a visita presencial do ministro em março para que ele veja a necessidade de investimentos nesta área”.
Por chamada ao vivo, o deputado federal Lucas Redecker (PSDB), disse ser um entusiasta do carvão mineral. Ele destacou que o carvão não pode ser criminalizado no país. “Não somos nem perto de sermos vilões poluentes. O Brasil é pautado em energias renováveis, mas precisamos de energia firme, das termelétricas a carvão para fornecer energia”, ressaltou.
Também se pronunciou por chamada ao vivo o senador Lasier Martins (Podemos), que iniciou sua fala dizendo se integrar a causa que é uma riqueza. Ele reiterou a necessidade de uma energia firme com o uso do carvão. “O negativismo precisa ser retirado, foram mostrados projetos com novas tecnologias e uma excelente qualidade do ar. Temos que exaltar as riquezas, dar atenção para metade Sul conhecida por ser empobrecida. O carvão é uma das alternativas para segurar os jovens e elevar a população da metade Sul”.
Finalizando o evento, foi preparada a carta resultante do Seminário, que foi apresentada e discutida pelos presentes. A carta será entregue ao presidente Jair Bolsonaro.

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

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