INFRAESTRUTURA

MAC é pauta de líderes na Câmara de Candiota

Assunto foi levantado pela vereadora Luana Vais (PT) e o vereador Fabrício Moraes (MDB) fez o contraponto

Entre as diversas pautas da última sessão ordinária no Legislativo candiotense, na segunda-feira (2), esteve a atual situação da rodovia Miguel Arlindo Câmara (MAC), abordada primeiramente pela vereadora Luana Vais, que é líder do PT.

Em seu espaço de fala, Luana mencionou que uma matéria noticiada pelo Tribuna do Pampa recentemente, falava sobre o asfalto que liga a BR-293 até planta do frigorífico Marfrig (Pampeano) em Hulha Negra. O motivo, segundo ela, é que o trecho também apresentou problemas, assim como a MAC, porém, com a diferença de que Poder Público hulhanegrense cobrou da empresa Compacta Sul, responsável pelas duas obras, para a reconstrução das avarias do trajeto. “A MAC é a nossa rodovia municipal, e nós recebemos um recurso do governo do Estado no valor de R$ 10 milhões, mais R$ 2 milhões do município, totalizando em R$ 12 milhões. E vocês acompanharam que em menos de seis meses começou a apresentar problemas, e desde então nós começamos a cobrar nesta tribuna e tivemos acesso ao contrato, onde prevê cinco anos de garantia da obra e também prevê que a empresa – Compacta Sul, pode voltar, se for acionada pela Prefeitura, para refazer a obra, manutenção e os reparos”, destacou ela, reforçando que a MAC já recebeu a operação tapa-buracos com recursos do município, sendo que a empresa poderia refazer a obra.

Luana pediu responsabilidade com o dinheiro público Foto: Reprodução TP

Na oportunidade, ela falou sobre a diferença das obras de Candiota e Hulha Negra. “Eu fui ler a matéria, e a diferença é que a Prefeitura de Hulha Negra cobrou a empresa e acionou, se teve uma reunião e um acerto administrativo, onde a obra vai ser refeita. E então eu trago para Candiota, por que a empresa não vem refazer a obra e reparar a MAC que está cheia de buracos?”, questionou ela, contando que em conversa com o engenheiro da Prefeitura de Candiota, ele garantiu em laudo apresentado que a rodovia não tem buraco, e sim pequenas ondulações. “Nos preocupa,  porque é dinheiro do povo e a gente queria muito que o prefeito tivesse esse pulso de fazer a empresa voltar de forma administrativa ou judicial”.

O vereador Fabrício Moraes (MDB), que é o líder do governo, disse que a MAC também é um assunto que o interessa bastante, pois, segundo ele, passou quatro anos do governo anterior pedindo e implorando para que o tapa-buracos fosse realizado. “Foi feito e passado na véspera das eleições um financiamento, que inclusive o ex-prefeito não pagou nenhum real, porque quem pagou foi a atual gestão, de R$ 5 milhões, sendo que deste valor apenas R$ 1 milhão foi investido na MAC”, comentou ele, dizendo que em menos de dois anos da gestão do prefeito Luiz Carlos Folador (MDB), a rodovia foi recuperada em sua totalidade.

Fabrício disse que é preciso olhar para a MAC em sua totalidade Foto: Reprodução TP

Ainda, Fabrício disse que concorda com Luana sobre os trechos que estão ruins, mas que é preciso os benefícios trazidos com a recuperação feita. “Inclusive me coloco a disposição, e se está errado é preciso correr atrás, agora nós temos sim que olhar para frente, e muitos que estão aqui vão passar pela MAC e ver que os trechos em sua totalidade estão recuperados. Por isso eu digo que não foi feito empréstimo nenhum, inclusive esse empréstimo está sendo pago até agora de R$ 5 milhões, que foi usado para calçar rua e para a MAC”, concluiu.

 

DEBATE

Luana pediu o seu espaço de liderança para dar continuidade no assunto. Ela disse que o Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (FINISA), foi realizado pela gestão anterior por conta que no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo ela, não havia recursos do governo federal, sendo que a única forma de os municípios conseguirem verbas era por meio de financiamento. “E na época foi debatido com os delegados da Gestão Participativa, para o município fazer essa dívida. E aqui cabe ressaltar que não é o prefeito que paga a divida, somos eu, vocês e cada um de nós com os nossos impostos”, reforçou ela, relembrando que os trechos revitalizados na gestão anterior ainda estavam intactos quando a MAC recebeu o investimento de R$ 12 milhões.

Ao finalizar, Luana disse que é preciso ter responsabilidade com o recurso público, diferente do que está sendo feita pela gestão de Folador, dando como exemplo o pavimento na localidade de Seival. “Já é a segunda vez que é feito pela administração com recurso nosso,  porque foi mal feito e não teve fiscalização.  O pavimento lá foi colocado fora, é dinheiro de todos nós indo fora”, concluiu ela.

Para encerrar a pauta, Fabrício também solicitou o seu espaço de liderança e retornou a falar sobre o FINISA. Em sua fala, ele afirmou que o financiamento sempre foi algo que o preocupou e que sempre debateu enquanto vereador. “Eu sabia que esses R$ 5 milhões iriam custar muito, tanto que ele irá custar R$ 12 milhões, com juro, correção, vai ser pago esse valor em oito anos. É falado no calçamento do Seival que tem que melhorar, mas eu lembro o da Portelinha que foi feito a toque de caixa, pois se aproximava uma eleição e o calçamento precisava terminar”, disse ele, mencionando que o mesmo foi refeito há pouco tempo pela atual gestão.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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