INCLUSÃO

Mães de Candiota e Pedras Altas falam sobre a convivência com o autismo

O último dia 2 de abril foi marcado pelo Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Em Candiota e Pedras Altas, conversamos com algumas mães que falaram sobre a experiência e a rotina com seus filhos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Mesmo atualmente, ainda há falta de conhecimento sobre pessoas com TEA na sociedade. De acordo com informações do site Autismo e Realidade, o transtorno reúne desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou no começo da infância. Sendo assim, algumas pessoas podem apresentar déficit na comunicação ou na interação social, e padrões restritos e repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, por exemplo.

A lei Romeu Mion foi sancionada em 2020, e criou a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA). Segundo informações do site Senado Notícias, a criação da CIPTEA deve assegurar aos portadores atenção integral, pronto atendimento e prioridade no atendimento e no acesso aos serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social.

O olhar crítico da sociedade- Catarina Monteiro Borges

A pequena Catarina Monteiro Borges tem apenas três anos, e foi diagnosticada com TEA um pouco antes da idade atual. Segundo a mãe, Patrícia Monteiro, a filha tem autismo e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Em relação a situação, Patrícia afirmou que nunca foi fácil, principalmente na sociedade. “Sentimos a dificuldade para as pessoas lidarem e compreenderem o autismo, esse é o nosso maior medo, como as pessoas vão lidar com ela. O autismo pra quem não sabe, parece que a criança é mal-educada e mimada, mas só os pais que têm o autismo em casa sabem quantos desafios temos que lidar”, disse.

Sobre a rotina de Catarina, a mãe falou que é tranquila e que a filha faz acompanhamento no Centro de Reabilitação e Apoio (CRA), uma vez por semana. “Gostaria de dizer que as gurias são anjos dando suporte e atendimento, sempre tirando dúvidas. A Catarina tem dias fáceis e outros nem tanto, mas aprendemos todos os dias a lidar com ela”, contou Patrícia.

Ao comentar sobre o maior desafio enfrentado, a mãe ressaltou a espera pelas consultas e a falta de compreensão das pessoas. “Dói muito o olhar crítico para com os nossos filhos, com a falta de conhecimento das pessoas em relação ao espectro autista”, lamentou.

Além de Catarina, Patrícia é mãe de Carol, que tem 12 anos e que dá todo o suporte em casa. Patrícia trabalha nos três turnos fazendo marmitas no almoço, e lanches na parte da noite. Separada, a cozinheira afirmou que o ex-marido está sempre junto das filhas e continua sendo presente em casa.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

 

 

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