Grupo se reúne diariamente desde domingo passado para cuidar da Amarelinha Foto: J.André TP
O problema de animais abandonados e de rua é recorrente em grande parte das cidades brasileiras e carece de uma política pública mais consistente e articulada para resultados de médio e longo prazo. Especialistas apontam ações conjuntas para equacionar a questão como castração em massa, microchipagem, além de conscientização permanente das comunidades.
Esta semana, um desdobramento do abandono animal culminou num episódio de união de moradores para salvar a cadela Amarelinha, que foi atropelada. “Só escutei um barulho. Quando sai encontrei ela com a pata traseira esquerda com fratura exposta”, conta o morador da rua Nadir Viana, na Vila Residencial, em Candiota, Ismael Rosa da Silva.
O animal foi colhido por um carro na noite do último domingo (28). O motorista, segundo os moradores, não prestou socorro.
A cadela, que apareceu certo dia na rua, que fica próxima a praça do bairro – local escolhido pelas pessoas para o abandono, já vinha sendo alimentada pela família da Marisa de Lima – também moradora da rua.
A cadela foi atropelada e a pata traseira teve fratura exposta Foto: J.André TP
Comovida com a situação, Marisa chamou a sua irmã, Viviane de Lima, que é uma militante da causa animal em Candiota para ajudar na recuperação do animal. Também, o veterinário Sérgio Guimarães está auxiliando.
Desde então, o grupo diariamente se dedica a fazer curativos, assim como improvisaram uma tala. Segundo eles, há uma esperança dela recuperar a pata, mas se não evoluir será preciso amputar. “Faço o que eu posso pelos animais”, assinala Viviane, que encontra apoio do marido Maicon Sena.
No fim da tarde desta sexta-feira (2), o dedicado grupo estava todo reunido novamente para mais uma seção de curativos e medicamentos. “Caso precisar amputar vamos pedir colaboração da comunidade e temos certeza que vamos ser ajudados”, assinalou Viviane.
