NÃO À PRIVATIZAÇÃO

Movimento busca derrubada da PEC contra o plebiscito das estatais

Na Assembleia Legislativa, o prefeito Adriano dos Santos defendeu a manutenção da CEEE, Sulgás e CRM como empresas públicas. Nesta segunda (25) tem audiência em Candiota

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Na segunda-feira (25), tem audiência pública em Candiota contra a retirada do plebiscito proposta pela governo do Estado Foto: Leandro Molina/Especial TP

O Teatro Dante Baro­ne da Assembleia Legislativa ficou totalmente lotado no início da noite da última segunda­-feira (18) para o ato em defesa da manutenção do plebiscito na Constituição do Rio Grande do Sul. Mui­tos tiveram que acompanhar os debates em pé ou senta­ram no chão.

A grande mobiliza­ção foi uma resposta contun­dente à PEC 272/2019, do governador Eduardo Leite (PSDB), que tramita no parlamento e prevê a retirada do direito dos gaúchos e das gaúchas de decidir sobre o futuro da Companhia Es­tadual de Energia Elétrica (CEEE), Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) e Companhia Riograndense de Mineração (CRM).

Na oportunidade, o prefeito de Candiota, Adria­no dos Santos, que é uma das principais lideranças do movimento, destacou a necessidade da política de privatização ser rediscuti­da. Para ele, mais uma vez os gestores do Estado e do país estão direcionando o problema diretamente para os trabalhadores. “Sabemos de tudo que podemos sofrer com a nossa manifestação, mas nesse momento não podemos nos omitir. Digo isso principalmente por ser líder político de uma cidade que vai sofrer muito com a privatização dessas empre­sas. A economia da nossa região se baseia na geração de energia e isto é um fato”, disse durante o ato.

Durante o discurso, o gestor candiotense lembrou a importância de manter as empresas públicas Foto: Divulgação TP

Para Adriano, a proposta de privatização visa somente o resultado imediato para os interesses da atual gestão. “Cadê o re­sultado em longo prazo para o desenvolvimento do nosso Estado? Vender a CRM, CEEE, Sulgás e Banrisul com uma carta de clientes pronta para seguir usando, comprando matéria prima e gerando energia é fácil, eu quero ver ter vontade polí­tica para realmente investir nessas empresas e fazer com que elas sejam o verdadeiro marco do desenvolvimento do Rio Grande do Sul nas mãos dos servidores gaú­chos”, desafiou.

Além de traba­lhadores e trabalhadoras das três empresas, Corsan e Banrisul, compareceram os ex-governadores Olívio Dutra e Tarso Genro, o ex­-ministro Miguel Rossetto, vários deputados federais e estaduais do PT e PSol, diversos vereadores e di­rigentes sindicais. Todos levantaram várias vezes os cartazes e ergueram as suas vozes para reivindicar “Ple­biscito Já!” Houve também apresentação de um vídeo da campanha de mídia, produ­zido pela Interlig, defenden­do a consulta à população.

O evento foi pro­movido pelo Fórum de Combate às Privatizações, coordenado pelo ex-depu­tado Pedro Ruas, e contou com o apoio da Central Úni­ca de Trabalhadores (CUT­-RS) e da Frente em Defesa do Patrimônio Público, integrada por sindicatos e federações que representam trabalhadores de empresas públicas estaduais e fede­rais.

EM CANDIOTA – Con­forme anunciou o prefeito Adriano dos Santos, a 23ª edição do Canto Moleque também será palco para mobilização. Um grupo de representantes em favor do plebiscito estará recolhen­do assinaturas no evento que marca os 27 anos de emancipação da Capital do Carvão.

Além disso, visan­do informar a população acerca do tema, está marcada para a próxima segunda-fei­ra (25), às 18h, no Ginásio de Candiota, uma audiência pública para debater o setor energético gaúcho – seus desafios, oportunidades e a importância da decisão popular.

A realização do ato está a cargo da Adefers, Senergisul, Sindicato dos Mineiros de Candiota, Pre­feitura Municipal, Câma­ra de Vereadores, Sintec e Sengers. Diversas lideranças políticas da região já confir­maram presença.

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