Reunidos em assembleia geral convocada pelo Sindicato dos Municipários de Pinheiro Machado (Simpim), na noite da última quinta-feira (30) os servidores rejeitaram a proposta apresentada pela Prefeitura para parcelamento dos valores referentes ao vale-alimentação. A reunião contou com a presença dos assessores jurídicos da categoria, Eduardo Luiz Schramm Mielke e Luiz Osório Galho.
De acordo com a presidente em exercício Ângela Régio Marques, o Executivo ofertou uma proposta que foi considerada humilhante pelos servidores. “Ela acaba com o atual direito ao vale-refeição na forma como é regulamentado e ainda parcela a atual dívida em aproximadamente três anos e meio – sem qualquer correção”, explicou. Na mesma proposta, se comprometem a novamente instituir o direito ao vale após o pagamento dos valores em atraso, mas com critérios totalmente diferentes dos atuais, restringindo ao máximo o seu pagamento e reduzindo os atuais direitos dos municipários.
Durante as manifestações dos funcionários presentes na assembleia, todas foram unânimes em criticar o Executivo e a proposta apresentada – em especial quanto à ausência de juros e correção sobre a dívida, a extinção do atual vale e a criação de um novo com valores significativamente reduzidos após quitar os valores em atraso. Por fim, foi duramente criticada pelos funcionários a sugestão de um novo vale, que entraria em vigor daqui a quase quatro anos, no valor de R$ 10 por dia.
Na oportunidade, os assessores jurídicos do Simpim explicaram que com a rejeição da proposta o processo terá andamento para a cobrança de todos os valores aos quais os servidores têm direito – com juros, correção monetária e todas as despesas processuais pagas pela Prefeitura.
Na manhã desta segunda-feira (3), em contato com o procurador jurídico do município, Alex Rodrigues, o TP buscou um posicionamento diante do resultado da assembleia. “Ainda não recebemos a notificação oficial por parte do sindicato. Contudo, ciente da repercussão contida nas redes sociais, nossa equipe técnica já está formulando novos estudos para a solução do problema. Além disso, acreditamos que as portas não se encontram fechadas por nenhuma das partes”, pontuou o advogado.