
Capa do álbum Ciclos, composto por 10 canções autorais de Reinaldo Lopes Foto: Divulgação
Há 13 anos na música, o pinheirense Reinaldo Cezar Souza Lopes, integrante da banda Dona Zica e mais conhecido por Bam, resolveu também apostar em um projeto solo em 2024. O álbum Ciclos, gravado e produzido no estúdio Quarto Laranja, de Bruno Chaves, da cidade de Pelotas, município onde o cantor reside há 9 anos, foi lançado no final do ano passado e está disponível em todas as plataformas digitais para ouvir de forma gratuita. Ainda, pelo canal Recesolo, no YouTube, é possível conferir todas as canções do álbum, gravadas em algumas localidades de Candiota e Pinheiro Machado, em parceria com a empresa pinheirense Moon Produções.
O PROJETO
Em entrevista ao TP, Reinaldo conta que o projeto solo surgiu de muitas músicas que estavam engavetadas e que precisavam de um segmento diferente. “Eu queria dar um rumo de violão e voz, inicialmente nessas canções, baseado justamente em diversas experiências com eventos que pediam esse tipo de formato e eu apresentava de vez em quando algumas dessas músicas autorais, além do repertório que eu estou já habituado a tocar”, conta Reinaldo.
O músico diz ter chego com algumas ideias e com o auxílio de Bruno Chaves, outras foram surgindo. “Foi um processo criativo muito bom e tranquilo também. E o que começou ali de uma ideia inicial, voz e violão, foi se tornando um encontro também com outros grandes músicos de Pelotas, que fizeram parte da gravação e produção desse álbum, além dos meus queridos irmãos de banda, da Dona Zica, que também fizeram parte dessas gravinas”, relata o músico, lembrando que a banda Dona Zica, de quase 13 anos de história, continua em um menor ritmo das apresentações e apresentações em eventos que pedem o formato com o trio, constituído também por Janderson e Danilo Pereira, o Gargamel.
CICLOS
Sobre o nome do álbum, Recesolo Ciclos, Reinaldo diz que faz referência ao encerramento do ciclo das canções, de levar ao estúdio, gravar, produzir e lançar, fazendo com que elas tenham um novo ciclo. “Abre caminho para as pessoas que forem ouvir terem a sua percepção e sensação sobre cada uma delas. Abrem-se novas portas, assim como muda minha relação com essas músicas. Agora em contato com o público, acho que também vai ser um momento de novas experiências. É um álbum que fala muito de amor, paz, poesia e coisas da natureza”, explicou. Já o nome Recesolo, Bam diz estar ligado ao próprio nome, Reinaldo (Re) Cezar (Ce) Souza (So) Lopes (Lo).
Perguntado sobre os próximos passos passados alguns meses da gravação das canções, o músico diz que são elaborar um show de lançamento em Pelotas e expandir para a região, em municípios como Pinheiro Machado, Candiota e Bagé. “É o momento de divulgação desse trabalho. Temos, em toda região, uma turma muito talentosa de forma independente e que precisam tirar suas canções da gaveta e mandar para o mundo. Isso é importante, pois nos sentimos bem em outras pessoas ouvirem”.
CANÇÕES
O álbum Ciclos é composto por 10 canções autorais, sendo: Amar acima de qualquer etapa; Anos 90; Natural como o luar; Terreiraço; Minha manhã de sol; Refrescabeça; Mar, adentro, amor; Um projétil atingiu minha consciência; Sarau de toda sorte e Pedrada.
Solicitado a destacar algumas canções, Reinaldo faz referência a ‘Anos 90’, ‘Um projétil atingiu minha consciência’ e ‘Terreiraço’. “Anos 90 trago um resgate dos tempos que morava com meus pais na Vila Operária, em Candiota, até os 12 anos. Lembro os tempos de escola, brincadeiras, professores e colegas queridos que tenho contato até hoje. Depois, ‘Um projétil atingiu minha consciência’, que faço homenagem a um grande amigo de quando morei em Pinheiro Machado, que já faleceu, mas que até hoje é lembrado com muito carinho. Através da música a gente eterniza momentos bons, faz essa homenagem, e cada vez que toco lembro com carinho. A arte tem esse motor propulsor de fazer a gente ter essas boas lembranças, carregar isso com carinho. Estamos aqui de uma forma passageira e quando as pessoas queridas se vão, elas se vão de um jeito, mas continuam conosco em nossa memória, coração e afeto. Outra canção que eu poderia destacar é a ‘Terreiraço’, porque trata das minhas relações com as religiões de matriz africanas, como candomblé, umbanda e quimbanda. Acho que cada um deve priorizar o amor, a caridade, solidariedade e espiritualidade em cada lugar que estiver, independente de qual religião tiver para agirmos de forma mais virtuosa e humano”.
CONTATOS
Reinaldo informa que contatos podem ser feitas pelo Instagram: @re.lopesdz e email: [email protected].