Na Hulha

Passando uns dias em Hulha Negra. Uma semana, dez dias no máximo. Acho que não passei tantos dias seguidos aqui desde que deixei de ser prefeito no final de 2008.

Quem foi prefeito de certa forma nunca deixa de ser uma vez que as pessoas, seguidamente, falam comigo como quem fala com o prefeito, agora ex-prefeito, e os temas da prefeitura sempre viram assunto e é difícil abordar temas quando não participamos do dia-a-dia da comunidade. Entrei esta semana e falei um bom tempo com o prefeito.

Dois temas estiveram na pauta com o prefeito, o encaminhamento de uma cirurgia para corrigir uma fratura no braço de uma cidadã do município que quebrou o braço há um ano e no final de março de 2023 eu falei com o secretário da saúde e com sua principal assessora para encaminhar e até agora nada. Foi tema de duas colunas aqui. O prefeito me disse que não sabia. Falei também da retirada da placa que identifica o Centro Administrativo Cap. Hugo Canto e a colocação no lugar de um mural com “lindas” fotos dos prefeitos e vices. Minhas tem três fotos. Eu que nunca coloquei meu nome nas placas de inauguração de obras nos doze anos que fui prefeito. Há quem ache bonito. O prefeito me disse que não se deu conta de que a placa tinha alguma importância e que havia sido retirada para a implantação do mural dos ex-prefeitos. Voltará ao seu lugar, até porque é um patrimônio público, que foi pago pelo município, que cumpre uma função social: – identificar o nome do centro administrativo e registrar o momento histórico de sua inauguração. O prefeito me falou que iria ver como atender minha sugestão de ajustar placa e mural, o que é possível, no mesmo espaço.

Nesta sexta, quando o jornal estiver saindo, vou dar uma passada no jornal, colocar alguma conversa em dia e me atualizar sobre as coisas da região, segundo o olhar jornalístico da equipe que aqui coloca este importante jornal a serviço da comunidade. Afinal, estamos em ano eleitoral e quero ver com o João André e equipe sobre a relevância de escrever uma série de colunas com dados regionais e quais na avaliação destes, com vivências diárias para interpretar os olhares dos leitores, seriam as mais importantes.

Qualquer um que me conhece sabe que acho uma chatice ficar tratando de articulação política. Fiz uma reunião com o PP no ano 2020 para tratar da chapa a prefeito. Saímos da reunião com chapa acertada. Em 1992 e 2004 não teve reunião alguma.

Não fui assistir a vitória do Guarany sobre o Internacional. Desde 2019 não vou assistir o time preguiçoso do Internacional. Tenho camiseta retrô do Guarany, dos anos 70, e do Internacional, a que usei no dia em que o Internacional foi campeão do mundo, no meu guarda-roupa. Em 1967 eu estava no Estrela Dalva quando o Guarany ganhou do Internacional pela última vez antes desta quarta, na torcida do Guarany. Naquele dia o Grêmio foi hexacampeão gaúcho, igualou o feito do “rolo compressor”, o famoso esquadrão colorado da década de 1940, e o Internacional teve de repensar sua história para voltar a ser maior que o Grêmio em títulos. Também estive em Cidreira quando o Internacional campeão do mundo jogou pela primeira vez com o time titular contra o Guarany e o jogo terminou 0x0. Vi também na torcida do Guarany o antológico gol de Badico no Manga de Figueroa, Falcão, Carpegiani e Valdomiro, em 1975, gol de Prêmio Puskas. Também vi outros clássicos entre o maior campeão da capital e o maior campeão gaúcho do interior, mas estes tiveram importância momentânea.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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