Prefeito Folador apontou fatores de desenvolvimento no município Foto: Evair de Lopes/Especial TP
O prefeito de Candiota, Luis Carlos Folador (MDB), ao fazer uma análise sobre a crise sanitária e seus impactos na vida da cidade, assim como prejuízos e o que pode ser tirado de lição desse processo, falou em união e respeito, além de comparar a pandemia com uma guerra. “A principal lição é de que as pessoas devem se unir, se respeitar uns aos outros, terem ética. Uma pandemia é semelhante a uma guerra. A Alemanha passou por duas guerras, o país foi arrasado, dizimado e a partir daí se uniu e se tornou uma grande potência mundial, assim como Japão. Agora, essa pandemia é mundial e nós devemos olhar para cada ser humano, cada pessoa, seja os mais humildes ou aqueles que moram no meio rural, de forma solidária e tirarmos o individualismo”, destacou.
Folador disse que enquanto Executivo, o possível está sendo feito no que se refere à pandemia, mas excessos com relação ao comércio estão fragilizando a economia e diminuindo impostos. “Estamos realizando as vacinações para que a população possa se prevenir, mas acho que deveria haver uma união dos entes federados e não buscar através desta pandemia a vaidade e os interesses particulares, um processo eleitoral de candidaturas presidenciais. Os governantes, mais a presidência da República, deveriam se unir e, através dos laboratórios que temos, buscar meios de conseguir as vacinas em larga escala, distribuir a toda população brasileira e com isso evitaríamos a pandemia”, frisou.
O prefeito também lembrou das tratativas para a aquisição de vacinas. “O que fizemos aqui é cuidar da nossa casa, do nosso município. Junto as secretarias de Finanças e Saúde já reservamos recursos e tão logo seja permitida a aquisição das vacinas o faremos para que possamos imunizar todo os funcionários públicos e comunidade. Já existem empresas que se comprometeram em doar vacinas para o município”, afirmou.
29 ANOS – Ao fazer uma avaliação sobre os 29 anos de emancipação, Folador diz ser positiva por Candiota ser uma cidade próspera e acolhedora. Ele também fez referência ao carvão mineral, vitivinicultura, olivicultura, agricultura e bacia leiteira. “Aqui o município recebe pessoas do Brasil e até de outros países como China e Alemanha e Itália. Além da nossa matriz energética principal, que é nossa fonte de geração de renda e riqueza que é o carvão mineral, pois possuímos a maior reserva do Brasil e estamos entre uma das maiores do mundo a céu aberto, temos outras alternativas como a vitivinicultura – temos três grandes vinícolas – com vinhos de excelente qualidade, espumantes, sucos de uva. Temos um nicho de mercado que vem através das agroindústrias e pequenos produtores rurais. A produção de azeite de oliva também é destaque. Este ano chegamos a mais de 200 toneladas que é outra fonte de renda, bem como a produção de sementes, bacia leiteira, produção de soja, bovinocultura de corte e ovinocultura. Candiota está diversificando sua matriz produtiva ao longo dos anos”, expôs Folador.
O FUTURO – Em um momento de incertezas o jornal solicitou ao prefeito Folador a falar sobre a organização da administração quanto ao futuro da cidade, principalmente no período pós-pandemia. O gestor fez uma explanação sobre os primeiros meses de governo e falou sobre projetos para o tempo de governo. “Estamos trabalhando em um primeiro momento para organizar a casa, pagar todos os compromissos das administrações passadas, honrar com o que é básico, como os pagamentos. A ordem é: empenhou, pagou. Também trabalhamos para evitar o desperdício do recurso público, planejando desde o uso do combustível, horas extras, uso da energia, realização de obras, compras com maior eficiência e cobrança de devedores. Nossa gestão já é de qualidade, mas buscamos a excelência. Com economia pretendo realizar compromissos assumidos em campanha junto ao vice-prefeito Paulinho Brum”, explicou.
AÇÕES ATUAIS – Quanto aos primeiros trabalhos e ações realizadas já no período da pandemia, Folador cita exemplos nas áreas de Meio Ambiente, Educação e Desenvolvimento. Conforme o prefeito, a equipe de Meio Ambiente trabalha na recuperação de uma verba de R$ 1 milhão proveniente de compensação ambiental do período em que era prefeito em 2016, bem como no projeto de limpeza da cidade com o descarte correto de material de construção, podas e reciclagem. Também integram os trabalhos a recuperação de escolas, transporte escolar e recuperação de pontes no interior do município.
Um ponto importante destacado pelo prefeito faz referência ao desenvolvimento. Segundo Folador, além da parceria para a instalação do condomínio do empresário Luis Eduardo Batalha que vai gerar empregos diretos e indiretos, há um trabalho para liberação de novos leilões do carvão. “O município tem a maior reserva de carvão do país, de fácil extração. Hoje o carvão custa R$80 a tonelada e é possível instalarmos a Copelmi com 700 megawatts, a Ouro Negro com 600 e a Fase B da Pampa Sul com 340. Usinas modernas, com tecnologia de ponta, uma do Japão e outras duas da China. Precisamos instalar novas usinas para desenvolver o nosso município e região. Estamos otimistas, altivos, é um trabalho em equipe, uma andorinha não faz verão, precisamos formar time em cada lugar, cada Secretaria”, disse positivamente, lembrando da instalação da Central de Doações de Agasalhos, o mutirão realizado pela Secretaria de Assistência Social nas questões do Bolsa Família e intermediação da mão de obra para a colheita da maçã, no norte do Estado, e de azeitonas em Pinheiro Machado.
Folador também falou sobre o trabalho do vice-prefeito. “O Paulinho Brum tem feito um belo trabalho auxiliando em todas as áreas. Coordenou a limpeza da Vila Residencial, um mutirão que vai ficar por um período de 15 dias até a localidade estar toda limpa e organizada para voltar a ser o que era no passado”, concluiu.
AÇÕES FUTURAS – O gestor falou sobre ações a serem realizadas no município a longo prazo em infraestrutura, saúde e geração de emprego e renda. Na saúde a meta é trabalhar um conceito de prevenção. “A medicação, automedicação e uso indiscriminado de medicamentos causa enormes prejuízos. Nós precisamos conscientizar a população de que é preferível prevenir do que remediar, isso é um conceito que temos que fazer através de nutricionistas, psicólogos, professores de educação física com caminhadas orientadas em caminhódromos recuperados para que as pessoas tenham qualidade e vida quando a pandemia passar, pois gostaria que todos tivessem a saúde que tenho”, desejou.
Com relação a empregos, Folador manifestou o objetivo de criação da Agência Municipal de Emprego, com intermediação na contratação de mão de obra, instrução na elaboração dos currículos, entrevistas e orientação. Ele também citou a reforma de casas em Seival, do refeitório da escola Neli Betemps avaliada em R$ 300 mil e compra de maquinários para a Secretaria de Agropecuária.
Dois importantes projetos foram ressaltados pelo prefeito, a recuperação da rodovia Miguel Arlindo Câmara, a MAC, e organização de grupo de recicladores para implantação da coleta seletiva em Candiota. “Nesta gestão vamos começar por alguns trechos até o restaurante Global, depois do posto do Nico em direção a Vila Operária através de uma parceria com a Prefeitura de Bagé que já estamos celebrando, e com isso vamos economizar recursos e fazer uma boa obra”, destacou.
Quanto à reciclagem, Folador falou em conscientização. “Pretendemos fazer uma lei municipal e destinar um local adequado para trabalharmos com a coleta seletiva, iniciando pela sede de Candiota, com separação do lixo orgânico e o reciclado. Também fazer um trabalho através das escolas, professores, agentes de saúde, agentes do PIM, colaboradores da Secretaria do Meio Ambiente, conscientizando a comunidade que tem que separar o lixo. O Planeta está pedindo a reciclagem, cada um deve fazer a sua parte, já faço a minha, pois reciclo em casa. Vamos exigir para o bem da cidade, para gerar renda. Atualmente o processo é anti-higiênico”, concluiu.
