Opção por não mudar em Pinheiro Machado

As eleições suplementares do último domingo (4) em Pinheiro Machado traz lições e leituras importantes para a cidade. A primeira é que o prefeito eleito, Ronaldo Madruga (Progressistas) se mostra um bom estrategista. Quando decide não concorrer em 2020 a prefeito, parece antever que suas chances eram reduzidas diante do ex-prefeito Carlos Betiollo (PSDB). Ele nega e vai negar sempre que tenha sido esse o motivo. Contudo, o fato é que concorreu a vereador, foi novamente o mais votado da cidade e costurou ser prefeito, quando de antemão anunciou logo no início de dezembro que seria o presidente da Câmara.
Paciente, Ronaldo fez um trabalho de controle das finanças públicas, contando também com uma situação que o seu antecessor, Zé Antônio (PDT), já vinha fazendo, sendo que quando entregou a Prefeitura em 31 de dezembro, quase os salários já estavam em dia. Ronaldo otimizou isso e soube usar a seu favor.
De forma natural colocou pressão sobre Rogério, que também soube fazer a leitura e recuar, abrindo caminho para Ronaldo se eleger e por consequência a ele como vice.
Por fim, o eleitorado pinheirense jamais foi de arriscar muito em mudanças. Apesar do resultado apertado e a alta abstenção, as urnas disseram querer continuidade do que está sendo feito na cidade desde janeiro – claro que agora com mais autonomia e com o respaldo popular.
O caminho a ser trilhado por Ronaldo e Rogério é difícil, porque mesmo com a melhora nas finanças públicas, são muitos e grandiosos os desafios de Pinheiro Machado. Eles sabem disso e parecem estar preparados para enfrentar. O que desejamos é exatamento isso, que tenham serenidade para fazer a mais que centenária Cacimbinhas se reencontrar com o progresso e dias melhores, tendo em conta que as coisas acontecem somente após persistência e resignação.

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